9 de set. de 2009

Distorção

Chucre critica Planalto por inflar dados do PAC em São Paulo

O deputado Fernando Chucre (SP) criticou a postura do governo federal por inflar o volume de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Paulo. Segundo reportagem da "Folha de S. Paulo" publicada no última segunda-feira, o Planalto chega a contabilizar como recursos próprios até empréstimos que não são de sua responsabilidade.

Mentira nas estatísticas - O jornal descobriu que o relatório do PAC produzido pela Casa Civil contabiliza não só recursos dos cofres da União, mas o valor total das obras previstas para o estado, inclusive gastos exclusivos do governo de São Paulo e de financiamentos. O texto revela ainda que o Planalto apresenta um total de R$ 8,92 bilhões como investimentos em parceria com o governo estadual, mas levantamento pedido a empresas de São Paulo mostra que apenas R$ 1,9 bilhão é do Orçamento da União.

O parlamentar reprovou a tentativa do governo de passar para a sociedade que está executando até meobras da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo. "Isso é o fim do mundo”, resumiu Chucre. Dos R$ 2,1 bilhões registrados como investimentos do PAC para obras tocadas pela empresa, a União não participa com um único centavo: R$ 1,3 bilhão refere-se a empréstimos que, embora concedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo BNDES, serão pagos pela própria companhia.

Outros R$ 232,5 milhões representam a contrapartida para esses financiamentos. Segundo a Folha, o balanço inclui ainda um financiamento externo da companhia no valor de R$ 643 milhões para o programa Onda Limpa, em Santos.
Os dados inflados foram usados com o base para a propaganda partidária do PT de São Paulo levada ao ar semana passada, na qual eram enaltecidos investimentos de R$ 100 bilhões no estado. Para Chucre, o governo tem mania de mentir nas estatísticas.

“Esse valor declarado de investimentos está muito longe do real. A intenção do Planalto é alavancar a candidatura da Dilma Rousseff", apontou o tucano. "Os dados falsos podem ser facilmente desmentidos. O problema é que o governo está mal acostumado por nunca ser punido pelas falsetas que conta e por isso é recorrente no erro”, completou o tucano.
(Da redação com assessoria do deputado/ Foto: Eduardo Lacerda)

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