24 de set. de 2009

Missão parlamentar

Comitiva levará mais segurança à embaixada brasileira em Honduras, diz Bruno Araújo

O deputado Bruno Araújo (PE) destacou nesta quinta-feira a importância da missão parlamentar que tentará chegar à embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital de Honduras. A formação de uma comissão externa para visitar o país foi aprovada ontem pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara a partir de requerimento do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, está abrigado na embaixada desde a última segunda-feira.

Busca de uma saída - Segundo o tucano, que confirmou sua presença nesta comissão externa, a presença dos parlamentares naquele país deve garantir segurança aos brasileiros e hondurenhos que trabalham na embaixada, cercada pelo Exército e sob ameça de invasão. O fornecimento de água, luz e telefone chegou a ser suspenso pelo governo golpista. “Reconhecemos as dificuldades de entrarmos no país, mas o Brasil está em uma situação difícil por ter que encontrar uma saída para essa questão, já que nossa embaixada concedeu abrigo ao presidente deposto”, afirmou.

Depois que Zelaya recebeu abrigo em seu país via representação brasileira, dois civis já morreram nos confrontos entre simpatizantes de Zelaya e a polícia nas proximidades do prédio. Apoiadores do presidente deposto chegaram a afirmar para a imprensa que o número de mortos pode chegar a dez. “Com nossa presença, queremos garantir a integridade moral da nossa embaixada perante a comunidade internacional e também a integridade física dos brasileiros que vivem no país e trabalham lá”, reiterou.

A viagem depende de acertos finais entre os parlamentares e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Farão parte do grupo, além de Araújo e de Ivan Valente, os deputados Marcondes Gadelha (PSB-PB), Maurício Rands (PT-PE) e Cláudio Cajado (DEM-BA). Os parlamentares cogitam também a hipótese de entrar em Honduras via Guatemala, caso a entrada direta seja dificultada por causa dos confrontos.

Hoje o governo interino autorizou a reabertura dos aeroportos do país, que estavam fechados desde segunda-feira, quando a volta inesperada a Tegucigalpa de Zelaya acirrou a crise política iniciada com o golpe militar de 28 de junho.(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)

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