29 de out. de 2009

Má conservação

Deputados criticam descaso do governo Lula com estradas

Parlamentares do PSDB afirmaram que a falta de investimentos por parte do governo federal é a principal causa da situação precária das rodovias de Norte a Sul. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 69% das estradas brasileiras estão em más condições. Entre os principais problemas encontrados, estão a má qualidade do asfalto, sinalização ruim e falta de acostamento.

Escândalo - Para o presidente do Instituto Teotônio Vilela, deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), a capacidade de investimento do governo no setor é baixa porque há uma prioridade para a expansão dos gastos de custeio. “Isso se reflete na má qualidade das estradas. Além de provocar as mortes de milhares de pessoas por ano, essa realidade encarece o custo do transporte e surrupia recursos das empresas. É um escândalo, uma inversão completa de valores”, reprovou nesta quinta-feira (28).

Os dados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também revelam a incompetência da gestão do PT para usar recursos que poderiam mudar essa realidade. Dos R$ 8,5 bilhões autorizados no Orçamento de 2009 para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram pagos até o último dia 26 apenas R$ 1,8 bilhão, o equivalente a 21,47% do total.

Integrante da Comissão de Viação e Transportes da Câmara, o deputado Carlos Alberto Leréia (GO) avalia que os investimentos nesse setor são insuficientes. “A situação é preocupante e trava o desenvolvimento do país. A falta de investimentos se reflete em estradas ruins que trazem riscos para as pessoas e causam acidentes com mortes”, alertou. De acordo com estatísticas do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, ocorreram 138,8 mil acidentes em rodovias federais apenas em 2008.

Segundo a CNT, o país precisa investir R$ 32 bilhões para melhorar a situação do sistema rodoviário brasileiro. “O problema é a incapacidade do governo atual e má gestão dos recursos públicos. Apesar dos altos impostos que o brasileiro paga, os investimentos não vem sendo feitos devidamente. Precisamos com urgência mudar esse quadro”, alertou Leréia. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Du Lacerda)

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