Tucanos: compra de gás da Bolívia é desnecessária e prejudica consumidores
O governo do presidente Lula estará agindo contra os interesses do Brasil ao impor à Petrobras a assinatura de um contrato que encarecerá em US$ 100 milhões por ano, durante 10 anos, a importação do gás natural boliviano. O alerta foi feito nesta segunda-feira (21) por parlamentares do PSDB.
Afinidade ideológica - Na avaliação do senador Eduardo Azeredo (MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores, o que está por trás do pagamento extra de US$ 1,2 bilhão pelo mesmo produto é a afinidade ideológica mantida pelo presidente Lula com governos da América Latina, inclusive hostis ao Brasil, como o de Evo Morales, da Bolívia.
"A Petrobras está sendo dirigida com base em um viés político-partidário. Ao permitir a assinatura deste acordo, a gestão petista prejudica a população brasileira e os acionistas da empresa brasileira", criticou Azeredo.
Segundo o parlamentar, a decisão do presidente Lula também vai penalizar os próximos governos, já que o contrato tem vigência até 2019 e será retroativo a 2007. "Haverá uma herança de compromissos desnecessária para o futuro governo. Isso porque o Brasil caminha para se tornar autossuficiente na produção do gás", advertiu.
O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) endossou as palavras de Azeredo. De acordo com ele, o Brasil está na iminência de aumento de produção e não pode ficar refém da "simpatia ideológica" patrocinada pela administração petista. "Lula faz parte do grupo de Evo Morales e de Hugo Chávez [presidente da Venezuela]. Eles são entusiastas desse tipo de ideologia e de princípios nebulosos", observou.
Pannunzio lembrou ainda que, além de registrar a maior sobra de gás natural de sua história nos últimos quatro meses, o Brasil, em matéria de produção e transporte, caminha para se tornar autossuficiente. "Com o gasoduto que ligará a Bacia de Santos a centros consumidores, estamos na iminência de haver gás sobrando no País", ressaltou. (Da Agência Tucana/Fotos: Du Lacerda e Ag. Senado)
22 de dez. de 2009
"Extra" de US$ 1,2 bi
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Antonio Carlos Pannunzio,
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