A participação da Polícia Federal é fundamental para esclarecer o sumiço de seis jovens em Luziânia (GO). É o que defende o deputado Vanderlei Macris (SP), que apresentou requerimento na CPI das Crianças Desaparecidas pedindo ao Ministério da Justiça a entrada da PF nas investigações conduzidas pela Polícia Civil goiana. O pedido do tucano, será votado nesta quinta-feira (4). "Tendo em vista a gravidade e abrangência dos fatos, é de fundamental importância a participação da Polícia Federal no esclarecimento dos fatos", destacou Macris, vice-presidente do colegiado.
Mais agilidade - Integrantes da comissão de inquérito foram ao município goiano nesta quarta-feira para uma audiência pública na Câmara Municipal (foto). Os parlamentares ouviram o relato de familiares dos seis adolescentes e cobraram agilidade nas investigações. Autoridades responsáveis pelo caso e a mãe de uma jovem de 25 anos que desapareceu no último dia 1º também prestaram depoimento.
Questionadas pela relatora da CPI, deputada Andreia Zito (RJ), as mães alegaram descaso e falta de informação da Polícia Civil nas investigações e pediram a interferência da Polícia Federal nos casos. Elas informaram que o registro do desaparecimento não foi feito imediatamente como determina a lei, mas apenas 24h depois do sumiço.
A tucana pediu mais celeridade nas investigações e sensibilidade com as famílias. “Os relatos mostram total desrespeito com o sofrimento das mães. É necessário que a polícia dê respostas diárias às famílias sobre os procedimentos de investigação. Essa é uma atitude de respeito que pode confortá-las”, afirmou Andreia.
A polícia goiana iniciou as investigações com três policiais depois do desaparecimento do terceiro jovem em 15 de janeiro. O deputado João Campos (GO) avaliou que essa falha prejudica a investigação. “Quanto mais rápido o caso é investigado, maior é a probabilidade de ser esclarecido”, ponderou. O tucano lembrou ainda que a ansiedade das mães seria amenizada com informações diárias e sistemáticas sobre o andamento das investigações.
Durante a audiência foram ouvidos também o delegado regional de Luziânia, José Luiz Martins de Araújo; o juiz designado para o caso, Romero do Carmo Cordeiro; e o delegado titular do caso, Rosivaldo Linhares. As autoridades foram unânimes ao alegar que não há negligência nas investigações e explicaram que a falta de informações deve-se à complexidade dos casos e ao segredo de Justiça.(Reportagem: Alessandra Galvão - enviada especial/ Foto: Assessoria do deputado Vanderlei Macris)
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