Após o apelo de integrantes da CPI das Crianças Desaparecidas e das mães dos seis rapazes que desapareceram em Luziânia (GO), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também pedirá a entrada da Polícia Federal nas investigações. Integrantes da comissão de inquérito, os deputados Andreia Zito (RJ) e Vanderlei Macris (SP) voltaram a alertar nesta segunda-feira (8) que a participação da PF é fundamental para desvendar o mistério na cidade goiana.
Vaidade da polícia goiana - “Todo apoio a essa causa é importante. Desde o primeiro caso de desaparecimento, em dezembro, a Polícia Civil de Goiás não apresentou nenhuma pista. Isso demonstra a necessidade de apoio. Se esses jovens estiverem fora do estado a atuação da polícia local não será suficiente”, destacou Andreia, relatora da CPI.
“É necessário um esforço concentrado para resolver um problema que a cada dia torna-se mais complexo. A participação da Polícia Federal é fundamental nesse caso para dar uma reposta para as famílias e para a sociedade”, completou Macris, vice-presidente da CPI e autor do requerimento que solicita a participação da PF no caso, aprovado na última quinta (4).
O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, se reunirá com o ministro da Justiça, Tarso Genro, nesta terça-feira (9) às 12h, para pedir o ingresso da Polícia Federal nas investigações. As mães dos seis rapazes desaparecidos também participarão do encontro em Brasília.
O governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), afasta a possibilidade da participação da PF sob a alegação de que a Polícia Civil do estado é qualificada. Já na avaliação dos tucanos, a atuação da PF é indispensável, até porque consideram que houve negligência dos policiais. “A PF nesse momento está mais aparelhada, tem mais condições, estrutura e equipe especializada para a investigação. Em último caso, se o governo do estado não autorizar o ingresso da PF, ela deve colaborar com a investigação paralela da CPI”, destacou Macris.
Andreia Zito tem opinião semelhante a do colega de bancada. “A colaboração da PF é importantíssima e o apoio da OAB vem reforçar isso. Há uma certa vaidade da Polícia Civil em não aceitar a colaboração da PF, que pode ajudar no processo de investigação e dar uma resposta às mães que não tem pistas do paradeiro dos filhos”, reiterou a deputada. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Câmara)
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