O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), afirmou nesta segunda-feira (8) que é impossível os investimentos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serem executados dentro do prazo previsto pelo Palácio do Planalto. Na avaliação do tucano, o governo mascara a realidade em relação ao PAC para disfarçar sua incompetência gestora.
Números - “A execução do PAC e de todos os demais programas comandados pela Casa Civil de Dilma Rousseff é um atestado claro de sua incapacidade de gestão para liderar o processo de desenvolvimento e de crescimento do país”, reprovou o tucano.
A preocupação de Almeida tem respaldo na realidade. Em editorial intitulado "O falso êxito do PAC", o "O Estado de S. Paulo" classifica o programa de "fracasso" e a sua execução de “lenta" com base nos dados. Os números divulgados pelo jornal revelam uma realidade diferente da propagandeada na última quinta-feira (4) pela ministra durante o balanço de três anos do PAC.
De acordo com as informações de Dilma, R$ 403,8 bilhões de um total de R$ 638 bilhões previstos para o período 2007-2010 já haviam sido aplicados até o fim de 2009 - 63,3% do total. Porém, ao se considerar apenas as ações efetivamente concluídas, o resultado é bem menos animador, como relata o "Estadão" nesta segunda-feira. Sob esse aspecto, foram realmente aplicados R$ 256,9 bilhões, ou seja, 40,3% do total.
De acordo com as informações de Dilma, R$ 403,8 bilhões de um total de R$ 638 bilhões previstos para o período 2007-2010 já haviam sido aplicados até o fim de 2009 - 63,3% do total. Porém, ao se considerar apenas as ações efetivamente concluídas, o resultado é bem menos animador, como relata o "Estadão" nesta segunda-feira. Sob esse aspecto, foram realmente aplicados R$ 256,9 bilhões, ou seja, 40,3% do total.
Isso significa que, por ano, o governo executou, em média, 13,4% do total. Para concluir o PAC no prazo, teria de executar 60% em 2010. Ou seja, precisaria multiplicar por 4,5 o ritmo da execução do programa no último ano de Lula à frente do Palácio do Planalto. “Isso é impossível de acontecer. Em hipótese alguma conseguiriam", rechaçou o líder. Segundo o parlamentar, o que saiu do papel até agora é muito pouco diante de tudo que ainda precisa ser feito.
Ao destrinchar os dados do PAC, o jornal lembra ainda que 34% (R$ 137,5 bi) do total anunciado por Dilma como ações realizadas não dizem respeito às obras, mas sim a empréstimos habitacionais a pessoas físicas. “Está claro que o programa não avança e que grande parte daquilo que o governo federal diz ter realizado é de responsabilidade da iniciativa privada, estatais e governos estaduais”, completou Almeida.
De fato isso ocorre. Segundo o "Estadão", outros 31% são de investimentos de estatais (R$ 126,3 bilhões) e 22% (R$ 88,8 bilhões) correspondem ao dinheiro aplicado pela iniciativa privada. Há também as contrapartidas de estados e municípios (R$ 11,1 bilhões) e os financiamentos (R$ 5,1 bilhões). O jornal lembra que a fatia do PAC que cabe exclusivamente ao governo - a originária do Orçamento da União - totalizou apenas R$ 35 bilhões. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Du Lacerda)
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