18 de mar. de 2010

Bancoop


CPI das ONGs convoca tesoureiro do PT para depor

Requerimento de Álvaro Dias pede explicações sobre fraudes na Bancoop

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, vai depor na CPI das ONGs. O requerimento pedindo a sua convocação foi apresentado à CPI pelo senador Heráclito Fortes (DEM- PI). Em outro requerimento, também aprovado, o senador Álvaro Dias (PR) convida o promotor José Carlos Blat para falar sobre o inquérito que apura o esquema de desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Pelas investigações já feitas, o promotor responsabiliza Vaccari pelas fraudes.


Investigação do Ministério Público de São Paulo revela que a Bancoop, sob coordenação de Vaccari, inicialmente indicado para arrecadar recursos para a campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, teria desviado mais de R$ 100 milhões dos seus associados para irrigar o "caixa dois" de campanhas do PT. O esquema prejudicou mais de 400 famílias.

A comissão de inquérito convidou ainda o corretor Lúcio Bolonha Funaro, que em depoimentos ao Ministério Público falou sobre o suposto esquema, e Hélio Malheiro, irmão de Luis Eduardo Malheiro, ex-presidente da Bancoop. Ao MP, ele disse que o irmão era obrigado a desviar recursos para o PT.

Com a aprovação dos requerimentos, os senadores desejam esclarecer a aplicação de recursos de fundos de pensão Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários Federais) e PETROS (Fundação Petrobrás de Seguridade Social), na cooperativa habitacional, com graves prejuízos aos cooperados.

Eles usam como justificativa que a Bancoop teria sido socorrida, em 2004, por uma imprudente aplicação de recursos, no valor de R$ 26 milhões, dos fundos de pensão públicos da PREVI, PETROS e FUNCEF. A investigação do Ministério Pública assegura que os dirigentes da cooperativa, principalmente, o ex-presidente João Vaccari Neto, "operaram um esquema de desvio de dinheiro para campanhas eleitorais que incluía, até mesmo, a extorsão das empresas que eram responsáveis pela construção das obras".

"Torna-se imprescindível colher do Promotor de Justiça José Carlos Blat, do corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro e do ex-presidente João Vaccari Neto informações pertinentes ao caso, no intuito de auxiliar esta Comissão no cumprimento de suas atribuições", justificou o parlamentar. (Agência Tucana / Foto: Agência Senado)

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