23 de mar. de 2010

Manobra eleitoreira

Tucanos criticam fracasso do PAC e questionam lançamento de nova versão

Parlamentares do PSDB voltaram a criticar nessa terça-feira (23) a pífia execução do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e lamentaram que, ainda assim, o governo federal tenha a pretensão de lançar um PAC 2, com cerimônia prevista para a próxima segunda-feira (29). Ao citar dados divulgados pelo comitê gestor do PAC, o líder da Minoria, Gustavo Fruet (PR), lembrou que 54% das obras não saíram do papel, além do que somente 11% das obras iniciadas foram efetivamente concluídas.

Mais uma peça de marketing - “O PAC tem problemas de gestão que se refletem na execução das obras. Como não consegue cumprir o prazo de execução, o governo acumula uma conta bilionária que o sucessor do presidente Lula terá de assumir”, alertou Fruet.
“É preciso chamar a atenção do Congresso e, principalmente, da população brasileira para o fato de que a continuidade de projetos precisa ter consistência e as obras não podem ser interrompidas. Antes de o governo apresentar o novo programa de aceleração, deveria concluir o atual”, sugeriu.

O líder mencionou alguns números do comitê gestor que foram analisados pela ONG Contas Abertas. De acordo com o balanço, dos 12.163 empreendimentos previstos no PAC apenas 1.378 foram concluídos após três anos da implantação do programa. Além disso, Fruet lembrou que a divulgação dos números usada pela Casa Civil nas cerimônias de balanço oficial tem excluído as áreas de saneamento e habitação.
A senadora Marisa Serrano (MS), por sua vez, classificou o lançamento de um novo PAC como “manobra eleitoreira”. A 1ª vice-presidente do PSDB destacou que o PAC 2 ficará como herança para o sucessor de Lula e que lançá-lo agora tem como objetivo apenas turbinar a campanha de sua pré-candidata, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

“Esse PAC 2 não tem qualquer outra razão que não seja o fortalecimento do discurso eleitoral. Do ponto de vista do investimento, fora dessa gestão governamental, eles vão lançar um projeto que não interessa concretamente para a população. Serve apenas como figura de marketing, um continuísmo das ações desse governo”, criticou, lembrando que o programa será lançado às vésperas de Dilma Rousseff deixar o cargo, o que configuraria manobra eleitoral. (Reportagem: Rafael Secunho e Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)

Um comentário:

Anônimo disse...

essas manobras são de se esperar do governo lula pois tem sido recorrente, mas a questão é o que o psdb ira fazer em seu programa eleitoral de radio e tv com relação a isso. se ficar tentando apenas mostrar essa situação, eles irão dizer que é inveja e por ai vai. a forma como for feita para desmascarar a dilma (a mãe do pac)será fundamental para que o povo veja a realidade, tem que ser didático para que não sobre dúvida, mas sem aquela que o serra vai fazer melhor ou mais, o negócio é mostar a inficiencia deste governo, causar a dúvida no eleitor que quando olha pesquisa na TV o Lula tem 1000% de aprovação, mas quando se conversa nas ruas, não é bem assim. outro ponto é a volta do dirceu e do jenuíno junto da dilma... sem comentários.