21 de mai. de 2010

Competição desigual

Virgílio: centro de distribuição de eletrônicos chineses em RR ameaça indústria de Manaus

O senador Arthur Virgílio (AM) disse que grupos empresariais planejam instalar em Boa Vista (RR) um "centro de distribuição" de eletrônicos, máquinas agrícolas e produtos domésticos chineses, os quais não pagariam imposto de importação. Para o tucano, trata-se de uma ameaça às indústrias instaladas no Pólo Industrial de Manaus. O senador sustentou, em plenário, que os benefícios fiscais da zona franca não podem ser estendidos à simples importação de produtos acabados.

"Se os chineses querem mesmo trazer seus produtos para o Brasil, que arquem com o imposto de importação. Sua presença na Região Norte, com favores tributários, ameaça o Pólo Industrial de Manaus e não convém ao país", afirmou.

Arthur Virgílio informou que os produtos chineses chegariam ao Brasil pelo porto de Georgetown, na Guiana, depois de passarem pelo Panamá ou pela Venezuela. Disse que alguns empresários de Manaus são céticos sobre a intenção dos empresários, pois a precariedade da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, pode inviabilizar a distribuição dos produtos.

Censura de 300 dias ao "Estadão"

O senador voltou a condenar a censura, que daqui a uma semana completará 300 dias, ao "O Estado de S. Paulo". Por decisão do desembargador Dácio Campos, do DF, o jornal está proibido de divulgar informações sobre a “Operação Boi Barrica”, da Polícia Federal.

"Julgo de meu dever assinalar isso. Na questão democrática, não transijo. E entendo estar ferida a Declaração de Chapultepec, de 1994, assinada por dois presidentes brasileiros: Fernando Henrique e Luiz Inácio Lula da Silva. Ela define os princípios que devem ser cumpridos para garantir liberdade de expressão”, destacou. “A censura continua manchando a democracia brasileira. Registro o veemente protesto do PSDB contra a violação da liberdade de informar”, completou Virgílio. (Da redação com Ag. Senado e assessoria/Foto: Ag. Senado)

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