10 de mai. de 2010

Homenagem

Monselhor Murilo dedicou quase meio século de vida para fazer o bem, lembra Manoel Salviano

A pedido do deputado Manoel Salviano (CE), a Câmara promoveu nesta segunda-feira (10) sessão solene em homenagem póstuma ao vigário Monsenhor Murilo de Sá Barreto. Como destacou o tucano em seu pronunciamento, durante 47 anos milhões de nordestinos foram acolhidos pelo “Vigário do Nordeste”, falecido em dezembro de 2005. Familiares do religioso acompanharam a homenagem, assim como o presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar.

“É uma tarefa honrosa prestar homenagem a ele, que foi um grande caririense de Barbalha, no Ceará. Esta homenagem é também uma reflexão sobre um homem que, se vivo, estaria completando 80 anos. Destes, dedicou quase meio século de dedicação não somente à Igreja, mas sobretudo à bondade e ao desejo de servir ao próximo”, elogiou da tribuna.

O parlamentar lembrou ainda que a atuação do Monsenhor não se restringia unicamente à paróquia. “Seu olhar abrangia todo o cariri cearense, pregando a união política dos 30 municípios em torno do desenvolvimento regional, integrado e sustentável. Padre Murilo não excluia ninguém. As elites, os empresários, os políticos e os governantes eram todos seus amigos e admiradores. Ele era o pastor e o conselheiro de todos”, ressaltou.

Salviano encerrou seu pronunciamento afirmando que a lembrança do Monsenhor Murilo jamais se apagará da memória dos nordestinos. “Peço a Deus que essa chama não se apague. Que os cidadãos de todos os credos, políticos de todas as ideologias, líderes empresariais e representantes de todas as classes mantenham acesa essa chama - a da promoção da dignidade humana e do verdadeiro desenvolvimento”, ensejou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)

Prestígio inabalável
A presença do Monsenhor Murilo superlotava qualquer igreja do Nordeste e garantia o êxito de qualquer evento religioso ou social.”
Deputado Manoel Salviano (CE)

Perfil do Monsenhor
Nasceu em Barbalha (CE), em 1930, e faleceu em 2005, em Juazeiro do Norte;
Cursou Filosofia e Teologia de 1952 a 1957 no Seminário Arquiepiscopal de Fortaleza;
Foi pároco da Igreja Matriz de Juazeiro, onde viveu a maior parte de sua vida e conquistou respeito e admiração pelas obras e iniciativas que projetou em favor da cidade;
Manteve viva a pregação aos romeiros iniciada com Padre Cícero;
Foi membro da Associação Juazeirense de Imprensa, sócio emérito do Instituto Cultural do Vale Caririense, professor, radialista e escritor;
Publicou três livros: "De Juazeiro à Terra Santa", "Testemunho de Serviço e Fidelidade" e uma biografia de Padre Cícero.

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