O líder da aldeia indígena Piaraçu, Megaron Txucarramãe fez, nesta terça-feira (4), um apelo aos caciques de outras tribos para que fortaleçam o movimento contra a construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no Pará. Desde abril, a comunidade paralisou a travessia por balsa no Rio Xingu, na BR 080, região que liga São José do Xingu a outros municípios do Mato Grosso e do Pará.
Os índios estão revoltados com a decisão do governo de construir a usina hidrelétrica de Belo Monte “a qualquer custo” e sem dispensar qualquer tipo de tratamento diferenciado aos nativos que ali vivem.
Numa carta endereçada a 14 lideranças indígenas da região, Megaron reitera a descrença no governo Lula, considerado por eles o “inimigo número um” dos povos indígenas, do meio ambiente e dos rios. “Com a construção da barragem, nunca mais o Xingu vai ser este belo rio”, destacou o cacique na carta. Megaron pede ainda uma maior adesão ao protesto na região.

“A edição do decreto 7056/2009 além de extinguir postos de atendimento aos índios de forma unilateral, também expropria bens culturais e patrimônios imemoriais dos povos indígenas”, afirmou o tucano.
“Além disso, prevê a arregimentação da Força Nacional de Segurança para tomar conta dos representantes de tribos que estão acampados em frente ao Ministério da Justiça. São diversos motivos que levaram a esse protesto”, acrescentou Hauly.
Senado discute
→ Nesta quarta-feira (5), haverá audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado para debater o decreto 7056/2009, do Executivo, e também para que sejam ouvidos os argumentos apresentados pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A reunião começa às 10h.
(Da assessoria do deputado/Foto: Eduardo Lacerda)
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