Parlamentares do PSDB apresentaram, nesta terça-feira (8), quatro requerimentos pedindo a convocação de supostos envolvidos na elaboração de um dossiê para prejudicar o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Além destes, os tucanos pretendem ouvir o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, sobre o assunto.
Reportagem recente da revista “Veja” mostrou uma entrevista do delegado aposentado Onézimo de Souza que disse ter recebido, num encontro ocorrido em abril, um pedido para investigar "coisas pessoais" do ex-governador.

Além disso, o tucano quer ouvir os norte-americanos Ben Self e Scott Goodstein na comissão. Especialistas em internet, ambos trabalharam na campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Macris quer esclarecimentos sobre a vinda dos estrangeiros ao Brasil para um encontro com representantes da campanha do PT. Os consultores teriam tido a viagem paga pela Dialog, que supostamente conversou com eles a respeito da confecção do dossiê.

Já o líder da Minoria, Gustavo Fruet (PR), e o deputado Emanuel Fernandes (SP) apresentaram requerimento convidando Onézimo de Souza e o ex-sargento do serviço secreto da Aeronáutica, Idalberto Matias, o Dadá, para prestarem depoimento na comissão de inteligência do Congresso. Dadá e o jornalista Luiz Lanzetta são apontados pelo delegado como aqueles que teriam pedido espionagem sobre o pré-candidato do PSDB.
Macris considerou o fato lamentável e afirmou que o PT é reincidente na prática de elaborar dossiês. “Nos vemos diante de uma reincidência muito grave do governo do PT que é a articulação de dossiês para comprometer, em períodos eleitorais, a oposição. A postura é autoritária e deve ser evitada. É uma atitude patrimonialista, capaz de inviabilizar o processo democrático”, condenou o tucano.
Prática recorrente
→ Nas eleições de 2002, o PT elaborou um dossiê contra a esposa do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, Dona Ruth Cardoso. Em 2006, petistas foram pegos tentando comprar um dossiê para prejudicar o então candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. Os envolvidos no escândalo ficaram conhecidos como “aloprados”, uma denominação do próprio presidente Lula a antigos colaboradores de seu governo.
(Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Eduardo Galvão)
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