14 de jul. de 2010

Vazamento ilegal

Vice-presidente executivo do PSDB entrará com processo contra a União

O vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, disse que vai entrar com uma ação por danos morais contra a União pelo vazamento de seus dados fiscais pela Receita Federal. Nesta quarta-feira (14), ao prestar depoimento à Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre a quebra do sigilo fiscal do dirigente tucano, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, confirmou não só que as informações saíram de dentro da instituição, mas destacou também saber quem as tinha acessado, o local e a data dos acessos.

Pressionado a fornecer detalhes sobre a operação, Cartaxo admitiu ter identificado os servidores que podem ser responsáveis pela violação, mas se recusou a revelar os nomes à comissão. “Houve diversos acessos, por vários funcionários, que estão sendo investigados. Sei dia, mês, hora e a máquina em que foram feitos" , afirmou.

“Eles já sabem e se recusam a responder. Isso comprova que, se disserem, fornecem pistas para chegar ao pedido que foi feito pela chamada equipe de inteligência da campanha da candidata petista”, afirmou Eduardo Jorge, lembrando que os seus dados fariam parte de um dossiê montado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

O depoimento de Cartaxo desmente tanto o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que responsabilizou o vice-presidente tucano de ter vazado seus próprios dados, como a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Ela acusou o Ministério Público pela quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB.

De acordo com o secretário da Receita, uma investigação está em andamento na corregedoria do órgão para apurar se os acessos tinham motivo funcional ou não. Eduardo Jorge, porém, é cético em relação ao desenvolvimento da apuração. “Meu sigilo já foi quebrado outras duas vezes e a corregedoria não fez nada. Vou esperar, mas não tenho esperança”, disse. Ele lembrou já ter pedido à Receita uma cópia da sindicância e não ter recebido. “Eles só confirmaram que abriram a sindicância. Mas não cumprem a obrigação legal de encaminhar uma cópia”.

Para o senador Alvaro Dias (PR), existe uma operação “abafa” por parte do governo federal. “O depoimento do secretário segue a linha do não sei, não ouvi. O crime existe, mas jamais encontraremos o criminoso. Não se pode punir o responsável”, lamentou. (Da Agência Tucana/Foto: Ag. Senado)

Um comentário:

ACARAUJO disse...

Srs. Alvaro Dias e Eduardo Jorge,

Porque o PSDB não aciona o seu serviço de inteligência pra fazer uma investigação por fora? Tenho absoluta certeza de uma coisa: Na Receita Federal, tem gente amiga do PSDB assim como havia muitos simpatizante do PT na máquina pública à época que o Lulla foi eleito em 2002. Se o serviço de inteligência tucano descobrir pelo menos um ponto de acesso com certeza vai encontrar alguém lá disposto a colaborar no momento inicial e depois é só puxar o novelo. Lembram do caso do goleiro Bruno cheio de nebulosidades? Foi só o menor abrir o bico e o novelo se desenrolou logo e já se sabe quem são os reponsáveis tanto pelo planejamento quanto pela execução do crime.
Mas isto tem que ser pra serviço de inteligência mesmo. Até o faxineiro terceirizado que estava lá de bobeira por perto pode dar uma dica e aí abre-se uma pista e é só correr atrás do(s) nome(s) do PT e colocar no ar a armação de um órgão que ao invés de estar a serviço da nação está a serviço de interesses partidários do PTismo/ Lullismo.

Boa tarde!

Antônio Carlos