13 de jul. de 2009

Tocantinenses se mobilizam por eleições diretas

Em pronunciamento, o deputado Eduardo Gomes (TO) afirmou que está sendo questionada a decisão tomada mês passado pelo Tribunal Superior Eleitoral determinando eleições indiretas no estado. Além do recurso judicial, a própria população está se mobilizando em prol das eleições diretas para substituir o governador Marcelo Miranda, que teve seu mandato cassado pelo TSE.

Decisão surpreendente - Na avaliação do tucano, o TSE surpreendeu toda a população do estado e do país ao não manter o mesmo tratamento dado à Paraíba e ao Maranhão, que também tiveram seus governadores cassados. Nesses dois casos, foram empossados os que tinham ficado em segundo lugar na eleição. No caso tocantinense, a Corte optou por eleições indiretas na Assembléia Legislativa. “Esse é um instrumento contundente e reconhecido da ditadura e que tem um histórico todo especial com relação à história do Tocantins”, avaliou.

Em seu discurso, o deputado lembrou que o plenário da Câmara criou Tocantins por meio de emenda das Disposições Transitórias da Constituição de 1988. “O então deputado federal Siqueira Campos, com apoio de centenas de lideranças deste país, criou essa unidade da federação”, lembrou.

O parlamentar frisou que na época se cogitou que o primeiro governador do novo estado fosse escolhido, para o mandato tampão de dois anos, pelo presidente da República. No entanto, articulação feita por forças populares, pelos líderes partidários e pelo próprio autor do projeto de criação do Tocantins rechaçou essa possibilidade. “Naquele momento, a população fez a opção pelo voto universal, pelo voto democrático e direto. Com um dia de vida, Tocantins pediu eleições livres e diretas para governador”, recordou.

Ainda segundo ele, duas décadas após a queda do muro de Berlim, os 15 anos do Plano Real e outros avanços, Tocantins “vê no retrovisor surgir, com as eleições indiretas, novamente um instrumento da ditadura”. Gomes citou, por exemplo, declaração do relator do processo no TSE, ministro Felix Fischer: “Se não há instrumento para buscar a justa condução daquele que teve o pleito surrupiado e provado no Tribunal de Justiça, só há uma alternativa: o voto direto e popular”. (Da redação com assessoria)

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