3 de set. de 2009

Descarte seguro

Thame cobra cuidados com resíduos de usina nuclear


A pedido do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), a Comissão de Relações Exteriores da Câmara promoveu nesta quinta-feira audiência pública para esclarecer as causas do incidente nuclear ocorrido em maio na Usina Nuclear Angra 2. Segundo o tucano, o debate deixou claro que o fato foi consequência de uma pequena falha humana, com proporções mínimas. No entanto, Thame ressaltou que o país não possui sequer uma definição quanto a criação de um depósito intermediário de rejeitos radioativos.

Mais atenção - “Sobre o acidente, ficou claro que tratou-se apenas de um pequeno descuido com uma porta que ficou inadvertidamente aberta. Mas a audiência foi muito importante, pois nos foi explicado que o Brasil não tem um local para depósito definitivo ou intermediário dos rejeitos nucleares. Essa situação é muito preocupante”, alertou após a reunião.

Durante a audiência, o diretor de Radioproteção e Segurança da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Laércio Vinhas, e o superintendente da Coordenação de Operações da Eletronuclear, João Carlos Bastos, falaram sobre a segurança nas operações com materiais radioativos em Angra e garantiram que a usina adota todos os cuidados necessários para evitar acidentes e contaminações.

Em relação aos locais para depósito dos resíduos produzidos pela usina, os representantes alegaram que o país está em fase de estudos, mas que todos os rejeitos são tratados. “Foi uma boa oportunidade para termos uma ideia de como se dá esse processo de prevenção de acidentes, de alarme em decorrência de qualquer ocorrência e a questão dos rejeitos radioativos. É preciso que estejamos atentos para tudo isso. Afinal, trata-se de algo que pode causar problemas irreversíveis”, concluiu Thame. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)

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