3 de set. de 2009

Segurança pública

João Campos: Planalto não assume suas responsabilidades no setor

O deputado João Campos (GO) avaliou as diretrizes aprovadas na Conferência Nacional de Segurança Pública, realizada no final de agosto em Brasília para orientar a política do governo federal no setor. O parlamentar criticou o presidente Lula por não assumir suas responsabilidades durante o evento. Representantes dos estados, da sociedade civil, dos trabalhadores em segurança e de outros segmentos debateram e aprovaram as diretrizes.

Mau exemplo - Campos lembrou que no evento o presidente afirmou que a segurança pública está para o país como um cachorro que tem diversos donos. “Com isso, o presidente apenas dilui responsabilidades a governadores, prefeitos, operadores de segurança da sociedade civil, mas não assume as suas”, reprovou. “Espero que sua atitude não reflita, como num contágio hierárquico, no comportamento de todos os demais entes que também têm responsabilidade com a segurança”, apontou.

Uma das diretrizes aprovadas sugere a criação de mecanismos legais que garantam recursos orçamentários e financeiros mínimos e proporcionais para adoção de políticas públicas na área de prevenção de acidentes. “A questão do financiamento da segurança pública é indispensável para uma política séria que tenha consequência na vida dos cidadãos. Existem recursos vinculados para saúde, para a educação, mas não para segurança pública”, alertou. “É necessário ter uma definição clara das responsabilidades sobre o setor. Caso contrário a sociedade continuará se assustando com o elevado índice de criminalidade”, finalizou.

Entre os pontos aprovados, o tucano citou as que preveem a manutenção no sistema prisional de um quadro de servidores penitenciários efetivos, a promoção da autonomia e a modernização dos órgãos periciais criminais, além da manutenção das atribuições constitucionais e da autonomia dos corpos de bombeiros militares. Essa categoria teria ainda piso salarial nacional, formação e capacitação continuada, bem como melhores condições de trabalho com equipamentos adequados. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Agência Câmara)

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao apenas na segurança publica, mas tambem em outros serviços publicos essenciais, é preciso mais investimentos na estrutura fisica (meios), na qualificaçao dos profissionais e novos criterios objetivos para admissao de pessoal novo. Ha que ter um parametro nacional para a avaliaçao dos candidatos,que levem em conta pelo menos a conduta social, desempenho escolar e vocacao para o mister. A autoridade ou agente da segurança publica ha que ter vencimentos ou subsidios que o livrem de morar muito mal, de precisar de favor da comunidade, tais como comerciantes etc.etc... Para iniciar uma politica de segurança publica nacional, parece-me ser necessario ter antes uma politica de proteçao das fronteiras ( nao importa quanto isto vai custar ao tesouro), pois so assim poderemos almejar um combate efetivo e eficaz contro o crime.