
Lideranças do PSDB no Senado criticaram nesta quinta-feira a decisão do presidente Lula de manter a urgência constitucional para os quatro projetos que tratam do marco regulatório para a exploração de petróleo na camada pré-sal. Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), a posição do petista é autoritária. "O presidente agride a democracia ao solicitar essa urgência", reprovou. O tucano criticou Lula por impor sua decisão ao Congresso, não escutando a ponderação nem mesmo de partidos aliados, como o PMDB, na Câmara dos Deputados, e o PP, no Senado.
Tropa de choque - Na avaliação do senador, o Planalto quer usar sua tropa de choque para aprovar as propostas, na mesma linha de atuação aplicada no caso das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). “O presidente já tomou a decisão: para o Senado e para a Câmara quer normas do Conselho de Ética do Senado. Um pequeno grupo se junta e toma a decisão que bem entender. É a tropa de choque reciclada, não mais para julgar denúncias, mas para decidir o futuro do petróleo do Brasil”, rechaçou.
Para o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), não é justa a urgência requerida pelo presidente. Ele lembrou que o governo teve 22 meses para debater o tema internamente, assinalando que o Congresso terá que se abrir para a discussão com a sociedade. "Não se trata de uma queda de braço entre o Executivo e o Legislativo, de saber quem prepondera, a opinião de quem está valendo. Se sabemos que o pré-sal é coisa para 15, 20 anos, que diferença faz levar 90, 180 ou 360 dias para se chegar ao melhor marco regulatório?", indagou.

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