11 de set. de 2009

Gripe suína

Tucanos cobram mais planejamento no combate à doença

Médicos, os deputados Raimundo Gomes de Matos (CE) e Manoel Salviano (CE) voltaram a alertar nesta sexta-feira para a incidência da gripe suína no Brasil e criticam a falta de planejamento e de medidas mais efetivas do governo para combater a doença. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 657 pessoas já morreram em virtude da doença no país - o que coloca o país no 1º lugar no ranking da Organização Mundial da Saúde de óbitos provocados pela gripe A.

População preocupada - Entre os pontos questionados por especialistas, está a proibição da venda do Tamiflu, medicamento indicado para o tratamento da doença. Também motivou polêmica a realização de exames para confirmação da gripe somente em casos graves. “Essa restrição deixa a população vulnerável ao contágio, além de dificultar a recuperação do paciente que estiver em estado mais grave”, alertou Gomes de Matos. “É preciso pressionar para que haja um planejamento nessa área e possamos enfrentar as adversidades que possam surgir”, completou.

Segundo pesquisa da CNT/Sensus divulgada nesta semana, a doença desperta grande preocupação nos brasileiros: 83,6% dos entrevistados têm acompanhado o noticiário sobre a gripe suína. Além disso, o levantamento revela crescimento mês a mês da percepção da sociedade de que a gestão petista não está atuando devidamente no combate à doença. “A população começa a ficar consciente de que não é só oratória que resolve o problema. A própria queda na popularidade presidencial é um indicativo de que as pessoas começam a se desencantar com promessas nunca concretizadas”, ressaltou o vice-líder do PSDB.

Gomes de Matos também manifestou preocupação com o quadro da saúde pública no país. “Parece até que o governo instala o caos proposital para tentar emplacar a tese da necessidade de aumentar imposto”, criticou, ao se referir à tentativa de recriação da CPMF. “Em vez de direcionar bilhões para comprar caças, o governo deveria injetar parte desse dinheiro na saúde, além de não criar tributos”,
acrescentou.

Já Manoel Salviano defendeu a necessidade de fortalecer o tratamento. “Existe uma demora em virtude da demanda e os laboratórios estão atrasando na hora de entregar os exames, prejudicando o paciente. Faltam profissionais qualificados nos postos de saúde e mais investimento no setor por parte do governo”, avaliou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)

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