Câmara debate providências tomadas após 3 anos do acidente da Gol
No dia em que se completam três anos do acidente do voo 1907 da Gol com o jato Legacy, a Comissão de Viação e Transporte da Câmara promove audiência pública para discutir os resultados das investigações e as providências adotadas após a tragédia que matou 154 pessoas. A falta de resultados das investigações sobre o choque entre os dois aviões, a dificuldade dos familiares para fechar um acordo justo de indenização e os riscos estruturais de um novo caos aéreo serão pontos abordados neste debate pedido pelos deputados Emanuel Fernandes (SP) e Vanderlei Macris (SP).
No dia em que se completam três anos do acidente do voo 1907 da Gol com o jato Legacy, a Comissão de Viação e Transporte da Câmara promove audiência pública para discutir os resultados das investigações e as providências adotadas após a tragédia que matou 154 pessoas. A falta de resultados das investigações sobre o choque entre os dois aviões, a dificuldade dos familiares para fechar um acordo justo de indenização e os riscos estruturais de um novo caos aéreo serão pontos abordados neste debate pedido pelos deputados Emanuel Fernandes (SP) e Vanderlei Macris (SP).
Sofrimento das famílias - “Esperamos que a passagem da data e a discussão na Câmara sirvam para uma definição do episódio e uma melhor atenção ao sofrimento das famílias”, explicou Macris. Até agora não se sabe quantas famílias já foram indenizadas pela Gol. Cerca de 120 entraram com ações nos Estados Unidos, mas depois que a justiça norte-americana rejeitou os processos por afirmar que o Brasil tinha condições para dar prosseguimento às ações, os parentes têm buscado firmar um acordo justo com a empresa brasileira. Mas apenas uma minoria já chegou a um consenso.
Para os deputados, a situação é mais grave do que parece. O problema em relação as vítimas do acidente representa apenas um entre tantos que permeiam o setor, como a infraestrutura aeroportuária. Os parlamentares destacam as auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) realizadas em obras de ampliação e reestruturação de oito importantes aeroportos, com a detecção de problemas em todos eles.
Segundo os parlamentares, a queda de braço travada entre Infraero e TCU nos bastidores é o maior dos problemas e pode resultar em um novo caos aéreo. “Não há entendimento sobre os parâmetros para definir o custo das reformas”, afirmaram. Com isso, os deputados temem uma paralisia completa em obras essenciais como as do aeroporto de Cumbica, ameaçando os negócios da aviação, a vida dos passageiros e até mesmo a viabilidade da Copa 2014.
Participarão da audiência desta terça-feira o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Jorge Kersul Filho; a procuradora da República em Mato Grosso Analícia Trindade; o advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante d'Aquino; além de Rosane Gutjahr, parente de vítima; e Roberto Peterka, perito do caso. (Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Eduardo Lacerda)
Nenhum comentário:
Postar um comentário