Albano Franco aponta desafios do Brasil no pós-crise
O deputado Albano Franco (SE) enumerou nesta terça-feira uma série de medidas que o Brasil precisa tomar para enfrentar os desafios surgidos no pós-crise. A modernização da economia e a adoção de políticas públicas que busquem o crescimento sustentável e a ampliação dos investimentos são algumas das ações fundamentais apontadas pelo tucano para o Brasil alcançar um bom desempenho.
Competitividade acirrada - “Inevitavelmente essa nova fase será de acirrada competitividade em face da reestruturação e fortalecimento das economias dos países desenvolvidos mais atingidos pela recessão”, afirmou Albano, ao chamar a atenção para a necessidade de o Brasil começar a agir imediatamente.
O parlamentar frisou a importância de ampliação da taxa de investimento da economia nacional, que neste ano é estimada em apenas 16,5% do PIB, percentual bem abaixo de outros países emergentes. “Mesmo se o consumo continuar em ritmo elevado, será totalmente indispensável que o investimento na produção em bens e serviços cresça a taxas elevadas a fim de atender ao aumento continuado da demanda”, apontou.
Além disso, o tucano acredita que esses investimentos poderiam ser destinados à área de infraestrutura, dada a precariedade das rodovias federais, do congestionamento nos portos e aeroportos, além da baixa oferta de energia elétrica para sustentar o crescimento da economia. Apesar desses desafios, Albano alertou que muitas obras do PAC ainda nem saíram no papel, inclusive em Sergipe, e as Parcerias Público Privadas (PPPs) também ficaram somente na promessa.
Na área da modernização institucional, o tucano defendeu a adoção das reformas previdenciária, trabalhista e tributária. Além disso, destacou a importância da atuação de agentes públicos como o BNDES para incentivar a inovação, algo fundamental para o país ampliar e diversificar suas exportações. Já em relação ao pré-sal, o parlamentar afirmou que o novo marco regulatório de exploração deve ser capaz de estabelecer uma ampla e nova fronteira de investimentos capaz de gerar poderosos efeitos sobre o setor industrial e de serviços, com efeitos multiplicadores sobre o emprego e a geração de renda.
Em seu pronunciamento, Albano Franco fez um histórico sobre o impacto no Brasil da crise mundial iniciada em setembro de 2008. Segundo ele, as consequências aqui foram mais amenas graças à solidez do sistema financeiro local, fruto do Proer, adotado na gestão FHC. De acordo com o parlamentar, medidas de desoneração temporária conduzidas pelo governo federal e a expansão do crédito também contribuíram para que a recessão não fosse agravada. (Reportagem: Marcos Côrtes/ Foto: Ag. Câmara)
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29 de set. de 2009
Economia
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