Em pronunciamentos nos plenários da Câmara e do Senado, parlamentares do PSDB alertaram para o impacto da crise financeiras nas prefeituras. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima, por exemplo, uma queda de 23,15% nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em setembro na comparação com agosto de 2008 - uma diferença de R$ 630 milhões. Essa redução será um dos temas do encontro de prefeitos de todo o país marcado para a próxima quarta-feira no Senado.
Antecipação do 1% - O deputado Bruno Araújo (PE) chamou a atenção para a situação de municípios como Canhotinho, no agreste de Pernambuco, que perdeu R$ 830 mil de sua receita em relação ao ano passado. “Essa cidade reflete grande parte do Nordeste brasileiro e não pode viver com uma redução dessa ordem. A prefeitura está à beira de não conseguir proporcionar os serviços essenciais e de não honrar a folha de pagamento”, afirmou.O parlamentar registrou sua indignação com a falta de recursos dos municípios. “O Brasil começa a dar sinais de que saiu da crise, mas ela deixou cicatrizes. Se não deixou marcas profundas na conta dos governos federal ou estaduais, o fez no Brasil dos municípios, onde a população brasileira vive, respira, convive e cria sua família”, ressaltou. Na avaliação do tucano, as medidas provisórias aprovadas pelo Congresso para reforçar os cofres das prefeituras e garantir a diminuição das dificuldades financeiras não são suficientes para reverter os efeitos da perda de arrecadação.
Lucena pediu ao governo a antecipação da cota extra de 1% do FPM, geralmente depositada em dezembro. “Essa antecipação não vai resolver todos os problemas, mas seguramente minimizará os efeitos provenientes da queda na arrecadação”, avaliou. "Peço que o Planalto viabilize com urgência mecanismos de sustentabilidade para os pequenos municípios", concluiu o senador. (Reportagem: Alessandra Galvão e Marcos Côrtes com assessoria do senador/Fotos: Eduardo Lacerda e Agência Senado)










Nenhum comentário:
Postar um comentário