5 de nov. de 2009

Blindagem

CPI da Petrobras: relator só aprova pedidos governistas

De acordo com os relatórios disponíveis no site do Senado que abriga informações sobre a CPI da Petrobras, entre os dias 6 e 25 de agosto, o relator Romero Jucá (PMDB-RR) aprovou 57 requerimentos de autoria dele mesmo e do senador João Pedro (PT-AM), presidente da comissão. O mesmo critério de aprovação, no entanto, não foi usado quando os pedidos tinham a assinatura de senadores da oposição, como senador Alvaro Dias (PR) e Antônio Carlos Jr. (DEM-BA). No mesmo período da aprovação dos 57 requerimentos, o relator rejeitou 75 petições dos oposicionistas.

Engavetamento - Dentre os requerimentos engavetados estão pedidos para o envio de documentos referentes à incorporação de empresas, operações da Polícia Federal e prestações de contas e notas fiscais da Fundação Sarney. Outros pedidos arquivados referem-se à convocação de ex-funcionários da estatal, empresários envolvidos em suspeitas de fraude em licitações, promotores e procuradores.

Segundo o senador Alvaro Dias, a rejeição "em bloco" de requerimentos com assinatura oposicionista foi um dos primeiros sinais de que o governo não pretendia investigar as irregularidades. "Uma estratégia torpe que visou impedir qualquer apuração mais aprofundada de graves fatos", afirmou.

Ele também criticou a organização dos depoimentos. "Além de não obter documentos importantes para poder elaborar os questionamentos, as sessões ocorrem de uma forma que privilegia a exaustiva exposição de slides pelos depoentes. Quando chega a hora de iniciar as perguntas geralmente somos chamados para votar no plenário, o que ocasiona a interrupção da sessão da CPI. Tudo favorece a indisposição do governo para a investigação", lamentou. (Da Agência Tucana/Foto: Ag. Senado)

3 comentários:

anderson disse...

Entendemos que a questão da eleição nacional é importante. Ganhar a eleição ao Planalto no próximo ano é muito bom, mas precisamos ter um plano B.

Considero que esse plano B tem que ser de formar a maior bancada possível na Câmara dos Deputados e no Senado. São os dois contrapesos do Poder Executivo e sem essa correlação de forças, o Congresso não conseguirá se reerguer e voltar a transmitir a sociedade comum confiança!

Abraço,

Anderson Gonçalves dos Santos
Secretário de Formação Política
JPSDB - Diretório Municipal São Paulo/SP
angssp@gmail.com
(11) 7599-6553

NOBRE disse...

Como disse Sérgio Guerra, Presidente Nacional do PSDB citando a "continuidade do mensalão" como exemplo da relação existente do presidente com o Congresso:

- "O mensalão continua sendo a base da liderança do governo e da sua sustentação no Congresso. Não acabou mensalão nenhum. Ele foi aperfeiçoado e fica sendo banalizado. Há um processo em andamento de desautorização do legislativo e do Judiciário em todo o Brasil. É o fortalecimento absoluto do Executivo e dos seus tentáculos".

A oposição (multipartidária) precisa se organizar em uma "Central de Notícias Interativas". Seria um site organizado por vários partidos de oposição (ou mesmo correntes e lideranças da situação insatisfeitos com o que está ocorrendo), com credibilidade frente a opinião pública, onde seriam divulgados nacionalmente em veículo único, as notícias (com fotos inclusive) dos desmandos e "falcatruas" ocorridos em todo o território nacional. Achamos que como são muitos veículos, as notícias se dispersam, perdendo o impacto desejado. Com a CNI, os vários veículos de comunicação teriam como enviar e principalmente se abastecer de notícias.

AÉCIO PRESIDENTE ANASTASIA GOVERNADOR

NOBRE disse...

Alo Anderson,
Concordo com voce em gênero, número e grau. Precisamos definir uma estratégia política baseada também em assessoramento de profissionais da área. Muitas vezes nós partimos para o "eu acho", sendo assim, as chances de insucesso são grandes. Temos que aprender com nossa história recente. Bastou uma denúncia do PTB, para desencadear todo o processo de corrupção existente. O que está ocorrendo é gravíssimo, sendo assim temos que agir.