O Brasil caminha na direção contrária a de países desenvolvidos ao reduzir gastos com medicamentos oferecidos à população. A avaliação é de parlamentares do PSDB que, nesta quinta-feira (10), criticaram o governo Lula por ter enviado ao Congresso uma proposta orçamentária para 2010 prevendo a redução de despesas para compra e distribuição de remédios à população.

Nesse programa, constam ações importantes como a distribuição de medicamentos contra aids, hepatite B e C, além do Farmácia Popular, uma iniciativa do governo federal que disponibiliza remédios a baixo custo para a população.
No relatório, está prevista uma verba de R$ 4,9 bilhões para o Assistência Farmacêutica contra 5,2 bilhões orçados no ano passado. "O controle de doenças importantes poderá ficar prejudicado caso o orçamento seja aprovado dessa maneira", alertou o senador Papaléo Paes (AP), integrante da Comissão de Assuntos Sociais. "É lamentável que o governo não sinta necessidade de investir nessa área", acrescentou.
Integrante da Comissão de Seguridade Social, o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), fez duras críticas ao sistema de saúde brasileiro que, segundo ele, está ficando a cada dia mais deficitário por falta de um planejamento estratégico. "O Ministério da Saúde não deu continuidade à política empregada pelo ex-ministro José Serra, que buscava garantir à população o acesso aos medicamentos, incentivando a política dos genéricos", alertou Matos.
Pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira endossou a preocupação dos parlamentares. De acordo com o levantamento intitulado "Conta Satélite de Saúde Brasil 2005-2007", as famílias brasileiras gastam 10 vezes mais com medicamentos do que o governo federal.
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(Foto: Du Lacerda)
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