4 de fev. de 2010

Mau negócio

Para João Almeida, escolha do modelo francês para a FAB é “absurda”


O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), criticou nesta quinta-feira (4) a decisão do governo federal de escolher o caça francês Rafale, que disputa com o sueco Gripen NG e o americano F-18 Super Hornet a preferência para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Os caças franceses possuem um preço bem superior ao dos demais concorrentes e, segundo especialistas, uma tecnologia inferior aos aviões suecos, por exemplo.

Alto custo - Segundo Almeida, a opção do Palácio do Planalto pelo Rafale é um "absurdo". "O melhor caminho para absorção de tecnologia era o avião sueco, um projeto em desenvolvimento. A parceria estratégica que o governo tanto fala deveria representar o futuro, a tecnologia. Não consigo imaginar a parceria que o presidente Lula diz estar cumprindo com a França a um custo tão caro ao erário brasileiro", assinalou.

Reportagem de hoje da “Folha de S. Paulo” revelou que a proposta do modelo sueco foi de US$ 4,5 bilhões e da norte-americana Boeing de US$ 5,7 bilhões. Já os aviões franceses custarão US$ 6,2 bilhões ao governo. Além do custo do pacote, que inclui avião, armas, logística e despesas com a transferência tecnológica, a fabricante francesa Dassault estimou que a manutenção dos 36 aviões por 30 anos custará US$ 4 bilhões.

Presidida por Eduardo Azeredo (MG), a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimento do tucano nesta quinta-feira convidando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a dar explicações sobre a compra dos aviões para a FAB. Em várias ocasiões o presidente Lula manifestou preferência por fechar negócio com a França, nação considerada pelo Planalto "parceiro estratégico" inclusive na área militar.

“Não dá para entender o porquê de o governo querer o mais caro, o que representa o menor ganho tecnológico e o que tem grandes chances de apresentar o pior desempenho. A sociedade precisa ficar atenta, pois é o dinheiro do cidadão que será usado”, alertou o líder.


A decisão do presidente da República sobre a escolha é soberana, segundo a Constituição Federal. Governo e o Congresso Nacional têm de aprovar os financiamentos, enquanto cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU) checar as contas.
(Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Du Lacerda)

3 comentários:

Ruvier Donadel Júnior disse...

Muito estranha esta polemica da compra de aviões de caça para renovar a frota das forças armadas.
O ponto de equilibrio deveria ser, harmonia entre preço, potencialidade dos aviões associado as necessidades de uso.
Esta polêmica nos parece suspeitíssima, onde o interesse da nação, fica em segundo ou terceiro plano.
E o destaque é a quem pessoalmente interessa a compra dos aviões caríssimos, no caso o francês, que até agora não foi vendido a país nenhum.
Neste caso com certeza, existem entre o céu e a terra, mais do que nuvens, aéroubu e naturamente aviões!

Anônimo disse...

Isso que é lider de verdade

Anônimo disse...

Agora o PSDB tem um lider à altura da oposição!!!