A deputada Professora Raquel Teixeira (GO) culpou nesta quinta-feira (11) o governo federal pela falta de estrutura de dois prédios da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, "inaugurados" nesta semana pelo presidente Lula. Na avaliação da parlamentar, a falta de planejamento, de gestão e de competência por parte do Planalto foram os principais motivos que contribuíram para a situação desses edifícios, em funcionamento desde agosto.
Pela metade - Falta de acessos, déficit de professores e carência de água são alguns dos problemas do local, o que levou os estudantes a fazer um protesto durante a visita do presidente e de sua candidata para sucedê-lo, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Pela metade - Falta de acessos, déficit de professores e carência de água são alguns dos problemas do local, o que levou os estudantes a fazer um protesto durante a visita do presidente e de sua candidata para sucedê-lo, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
“Eles inauguraram mais uma obra incompleta. O que o presidente Lula e a ministra Dilma têm feito é inventar inaugurações. Eles fazem isso em escolas e universidades, que não estão prontas e em lugares que não têm saneamento e nem a estrutura básica”, reprovou. É o que ocorre nesta universidade federal em MG, que sofre com atrasos no cronograma de construção. Dos 10 prédios previstos, cinco ainda estão em obras e três nem saíram do papel.
Já os dois entregues na última terça-feira abrigam cerca de mil alunos, matriculados em seis cursos. Mas só se chega a eles por uma rua de terra ou trilhas de boi. Em dias de chuva forte, carros e ônibus não atravessam a lama, o que tem levado ao cancelamento das aulas. As obras deveriam custar R$ 30 milhões, mas há expectativa de que o orçamento vai estourar.
Segundo ela, os protestos dos estudantes representa uma reação à incapacidade do governo federal de proporcionar uma estrutura mais adequada. Na cerimônia, o próprio Planalto admitiu falhas e prometeu avaliar as reivindicações, como a falta de professores - 26 somente nesta universidade. Para Raquel, esse déficit compromete a qualidade de ensino. "Sou favorável à expansão de oportunidades no ensino superior, mas acompanhado de controle de qualidade”, defendeu.
A parlamentar do PSDB condenou ainda a participação do presidente e da ministra em cerimônia de entrega de 98 casas em Governador Valadares, também no interior de Minas. "Foram inaugurar essa quantidade de residências, enquanto prometeram construir 1 milhão pelo 'Minha Casa, Minha Vida". Quem promete essa quantidade de casas e se desloca de Brasília com o custo que tem uma viagem para inaugurar menos de 100 é uma piada”, criticou a deputada. Já os dois entregues na última terça-feira abrigam cerca de mil alunos, matriculados em seis cursos. Mas só se chega a eles por uma rua de terra ou trilhas de boi. Em dias de chuva forte, carros e ônibus não atravessam a lama, o que tem levado ao cancelamento das aulas. As obras deveriam custar R$ 30 milhões, mas há expectativa de que o orçamento vai estourar.
Segundo ela, os protestos dos estudantes representa uma reação à incapacidade do governo federal de proporcionar uma estrutura mais adequada. Na cerimônia, o próprio Planalto admitiu falhas e prometeu avaliar as reivindicações, como a falta de professores - 26 somente nesta universidade. Para Raquel, esse déficit compromete a qualidade de ensino. "Sou favorável à expansão de oportunidades no ensino superior, mas acompanhado de controle de qualidade”, defendeu.
Frenesi - Para o senador Arthur Virgílio (AM), há “um frenesi, uma ânsia do governo em mostrar serviço” quando inaugura obra que nem está concluída. Para o tucano, o caso dessa universidade mineira é um bom exemplo disso. “É preciso que o País acorde. Tudo que está sendo feito no Brasil virou PAC. Anunciam até o PAC 2. Imaginem, anunciar o PAC 2 quando o PAC 1 não está nem na metade do desembolso financeiro”, reprovou. O senador mencionou também a ida do presidente da República para inaugurar só 98 casas. “Isso é muito pouco para uma cidade de 150 mil habitantes”, condenou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Ag. Câmara)
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