11 de mar. de 2010

Diplomacia perigosa

Virgílio alerta para afinidades do governo Lula com regimes autoritários

É difícil encontrar um regime autoritário no mundo com o qual o governo brasileiro não encontre afinidades. Foi o que afirmou da tribuna o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ao alertar que o presidente Lula está jogando fora a imagem construída ao longo dos últimos anos ao virar parceiro e protetor de ditadores.

Cuba, Irã, Venezuela.. - O tucano começou falando sobre Cuba. Ele lembrou que pela manhã a Comissão de Relações Exteriores aprovou requerimento de solidariedade aos presos políticos cubanos com o seu apoio. Mostrou, então, foto de um desses presos, Guillermo Coco Fariñas, de 48 anos. “Em greve de fome, ele está pele e osso, prestes a morrer. É foto que exibo com muita tristeza”, lamentou.

Depois de 50 anos em vigor, o regime cubano tornou-se, a seu ver, a “mais deslavada ditadura que sobrevive no mundo e que merece, no entanto, a consideração absolutamente incompreensível por parte do governo brasileiro”. "Seria bom usar a amizade para influenciar o governo cubano, para ele não praticar essas atrocidades”, disse o tucano.


O senador mencionou ainda as ligações do governo brasileiro com o presidente Hugo Chávez, da Venezuela, cujo ingresso no Mercosul “está sendo imposto goela abaixo dos brasileiros”. Citou também o relacionamento com Ahmadinejad, o ditador do Irã.
O Brasil, no entender do senador, perde na sua imagem internacional porque deveria ter princípios, como teve até no regime militar.

"Pode manter relações diplomáticas com países autoritários, mas precisa ser inflexível na condenação a torturas ou quaisquer violações aos direitos humanos. Não podemos tolerar tortura em Cuba, em Guantánamo, onde quer que seja”, disse. Não há tortura de esquerda, progressista, tortura do bem. Qualquer tortura, em qualquer circunstância, tem de ser repudiada”, destacou Virgílio. (Da redação com assessoria/ Foto: Ag. Senado)

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