11 de mar. de 2010

Escândalo petista

"Bangolpe" repete estratégias anteriores de assalto, diz Mendes Thame


O presidente do PSDB-SP, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), classificou de “Bangolpe” o desvio milionário de verbas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) investigado pelo Ministério Público de SP. “O escândalo repete uma estratégia de assalto a recursos públicos ou privados para financiar atividades eleitorais e enriquecer dirigentes partidários. Repetem-se as mesmas características vistas no caso do mensalão e em outras rapinagens”, condenou em pronunciamento nesta quinta-feira (11).

Cronologia - Da tribuna, o tucano fez uma cronologia das suspeitas envolvendo o petista João Vaccari Neto, recém-escolhido tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência e um dos pivôs do escândalo. O MP estima que cerca de 3 mil famílias foram prejudicadas com o suposto desvio de R$ 100 milhões, sendo que parte dos recursos teria financiado campanhas do PT. Thame disse que o escândalo é “uma lesão à economia popular”, ao destacar que dos 53 empreendimentos já lançados pela Bancoop, 19 nem saíram do papel.

Para o deputado, houve desvio de recursos financeiros para benefício de terceiros ligados ao PT. “Foram sacados pelo menos R$ 31 milhões na boca do caixa. O inquérito policial mostra que recursos eram sistematicamente desviados das construções, tendo Vaccari como elo entre a cooperativa, o Sindicato dos Bancários e o PT”. O petista comandou a Bancoop entre 2005 e 2010.

Thame lembrou ainda que a ministra Dilma Rousseff descartou a possibilidade de Vaccari se envolver com as finanças de sua campanha ao Planalto. No entanto, ele continua sendo tesoureiro do PT. “Fica a pergunta: se, para Dilma, Vaccari não é bom para cuidar das finanças de sua campanha, ele seria bom para cuidar das do seu partido?”, questionou Thame. “Como é de praxe nos escândalos e malfeitos do petismo-lulismo, Vaccari será sacrificado, desligado de funções de destaque no PT, assim como os envolvidos no mensalão. Assim, todos os principais suspeitos poderão dizer que nada sabiam e que o companheiro errou sozinho”, declarou.

O tucano apontou ainda um conluio com os fundos de pensão. Em 2004, o ex-presidente nacional do PT Ricardo Berzoini teria salvado a Bancoop da falência, ajudando-a a levantar no mercado R$ 43 milhões, via fundos de pensão de estatais comandados por petistas. Isso motivou a Polícia Federal a abrir inquérito. “Este desvio é um escândalo-símbolo da república peleguista que se apossa de recursos que pertencem aos trabalhadores”, criticou.

Thame lembrou ainda o escândalo do dossiê contra candidatos tucanos na campanha de 2006. “Pelo dossiê, os petistas pagariam R$ 1,7 milhão, quantia apreendida pela Polícia Federal. Até hoje, não se sabia de onde veio a dinheirama. Agora temos uma pista”, destacou. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Eduardo Lacerda)

Leia a íntegra do discurso AQUI.

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Deputados pedem a ministério dados sobre aplicação de fundos de pensão na Bancoop

Um comentário:

Pedro Galuchi disse...

Só um detalhe: Quem batizou de BANGOLP - Nosso trabalho, seu pesadelo fui eu... Só olhar meu blog... Otima a participação do PSDB na audiencia da Comissão de Direitos Humanos no dia 17 março.