5 de mar. de 2010

Disparidades persistem

Tucanas criticam distorções e defendem equiparação salarial

Acabar com as diferenças salariais e ampliar a participação da mulher na política e no mercado de trabalho. Essas são algumas das principais bandeiras defendidas pelas parlamentares tucanas na Câmara e no Senado. Para a presidente do PSDB Mulher, deputada Thelma de Oliveira (MT), e a 1ª vice-presidente nacional do partido, senadora Marisa Serrano (MS), é primordial que ainda este ano o Legislativo elabore mecanismos capazes de reduzir as desigualdades enfrentadas por elas neste mercado. As tucanas avaliam que essa é uma das principais conquistas a serem alcançadas pelas brasileiras.

Diferença de 20% - Estudo divulgado pelo Seade/Dieese com base em dados da região metropolitana de São Paulo de 2009 mostra que a renda média das mulheres ainda era 20% menor que a dos homens. As parlamentares avaliam que essa diferença ainda é muito alta e precisa ser extinta.

Para Thelma de Oliveira, a equiparação salarial é um dos pontos fundamentais para que o país tenha um democracia plena. “É inadmissível as mulheres exercerem a mesma função e receberem menos. Essa é uma de nossas principais bandeiras no Parlamento e neste ano iremos defendê-la com todo afinco, apoiando os projetos nesse sentido”, defendeu a tucana.

Marisa Serrano enumerou conquistas femininas alcançadas nas últimas décadas, mas afirmou que ainda existem outras bandeiras pendentes. “Conquistamos, por exemplo, o direito ao voto e ingressamos em todas as áreas de atividade. Mas ainda temos desafios, e um deles é conseguir garantir direitos iguais no mercado de trabalho, sem diferenças salariais ou de jornada de trabalho”, defendeu a senadora. Segundo ela, para alcançar esses objetivos as mulheres precisam ter mais espaço na política, onde poderão lutar com mais força pelas suas bandeiras.

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira (4) revelou ainda que o desemprego entre as mulheres é maior em relação aos homens. Cerca de 19% delas estão fora do mercado de trabalho, enquanto o percentual masculino é de 10,2%. Apesar de terem em média três anos a mais de estudo que os homens, elas ainda encontram dificuldades de inserção no mercado. (Reportagem: Djan Moreno e Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Senado)

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