14 de abr. de 2010

Dívida pública

Hauly aponta caminhos para uma nova realidade econômica

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) apontou nesta quarta-feira (14) caminhos que o país precisa seguir para alcançar um novo patamar de desenvolvimento e reduzir a dívida pública, permitindo que haja mais recursos para investir em áreas fundamentais como saúde, educação e infraestrutura. Segundo ele, o Brasil tem potencial para alcançar um posicionamento muito melhor no ranking internacional, pois tem "reserva, patrimônio e moral perante todos os países do mundo". O tucano participou de audiência na CPI da Dívida Pública com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Para ele, o fortalecimento da responsabilidade fiscal e a redução da carga tributária são fundamentais para o Brasil crescer mais. “Pontos da política econômica precisam ser aperfeiçoados. O próximo governo terá que fazer uma espécie de saneamento de políticas equivocadas no país”, alerta Hauly.

Especalista em temas tributários, o deputado afirmou que os mais pobres arcam, no Brasil, com a maior carga de impostos do mundo. De acordo com o Instituto de Política Econômica Aplicada, quem recebe até dois salários mínimos paga 53% de tributos.

“Para mudar isso, é necessário um governo que realmente gaste o que arrecada e melhore as contas correntes do país”, avaliou. Além disso, o tucano defende a necessidade de o país restabelecer um saldo consistente na balança comercial, aumentando exportações e diminuindo importações. Segundo Hauly, essas são algumas das ações capazes de reduzir a dívida brasileira.

“Com isso, teremos mais dinheiro disponível para investir em estradas, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hospitais e escolas”, concluiu. Durante a audiência, Mantega chegou a defender a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas Hauly lembrou que o PT foi contrário à aprovação dessa legislação que limita os níveis de endividamento de municípios, estados e União.

O que é dívida pública?

É a dívida contraída pelos governos com entidades ou pessoas da sociedade para financiar parte de seus gastos que não são cobertos com a arrecadação de impostos ou alcançar alguns objetivos de gestão econômica, tais como controlar o nível de atividade, o crédito e o consumo ou, ainda, para captar dólares no exterior.

A dívida pública se subdivide em interna e externa. Os principais credores do setor público são, normalmente, bancos públicos e privados que operam no país, investidores privados, instituições financeiras internacionais e governos de outras nações.

A expectativa do Banco Central é que a dívida pública do Brasil feche o ano em cerca de 40% do PIB.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)

Ouça aqui boletim de rádio com o deputado

Nenhum comentário: