Proibir a fabricação de veículos cujo consumo de combustível seja inferior a 14,5 km por litro. Essa é a proposta apresentada pelos deputados Luiz Carlos Hauly (PR) e Antonio Carlos Mendes Thame (SP) com o objetivo de preservar o meio ambiente, evitar a poluição e economizar petróleo. O texto prevê ainda multa para as empresas que descumprirem a lei, calculada em 20% sobre o valor do automóvel.

Hauly destacou que o Brasil é uma das poucas nações que possui o carro flex e vem investindo na fabricação do etanol e de biocombustíveis. “Devemos apostar no crescimento do combustível renovável, oriundo da cana-de-açúcar e de outros produtos. Eles são menos prejudiciais ao meio ambiente e nos deixam em vantagem em relação aos demais países”, acrescentou.
Os recursos oriundos das multas aplicadas aos fabricantes que descumprirem a lei seriam destinados a fundos de combate à poluição. No caso dos carros flex, ao menos um dos combustíveis deveria atender à quilometragem prevista no texto. A lei passaria a vigorar a partir de janeiro de 2016.
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Racionamento de petróleo
De acordo com Hauly, é necessário preservar o petróleo para que no futuro não haja racionamento do produto. “O combustível oriundo do petróleo vai acabar um dia. Por isso, é preciso tomar providências para que tenhamos motores mais econômicos”, disse. A aprovação desse projeto possibilitaria a redução de 1 bilhão de toneladas de emissões de gases de efeito estufa e a economia de 1,8 milhão de barris de petróleo.
Poluição mata três vezes mais que o trânsito
Pesquisa divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2003 mostra que 3 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo em decorrência dos efeitos da poluição atmosférica. O número representa o triplo das mortes anuais em acidentes automobilísticos.
(Reportagem: Renata Guimarães / Foto: Eduardo Lacerda)
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