Baixo investimento dos Correios é fruto de uma péssima administração, diz Pannunzio
O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou nesta terça-feira (10) que o baixo investimento da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é resultado da péssima gestão da estatal nos últimos anos. Segundo a ONG “Contas Abertas”, a ECT aplicou, até junho, apenas 16% dos recursos autorizados no Orçamento de 2010. Dos R$ 640 milhões previstos, apenas R$ 99,5 milhões foram executados no primeiro semestre.
Para o tucano, os problemas de gerenciamento são causados principalmente pelo loteamento partidário, ou seja, a ocupação de postos estratégicos na empresa por indicações feitas por aliados ao governo Lula. Segundo a revista "Época", desde 2005 a companhia virou um "feudo" do PMDB, que ocupa a maior parte dos cargos de direção.
A crise é tamanha que a estatal teve sua diretoria reformulada na última semana. Atrasos na entrega das correspondências e vagas abertas por programa de demissões voluntárias, que continuam sem preenchimento, são apenas alguns dos problemas da ECT a serem enfrentados pelos novos chefes.
“Embora houvesse previsão orçamentária, não foi providenciada a liberação dos recursos para que os Correios continuassem em desenvolvimento de acordo com o aumento de demanda. A péssima gestão quebrou uma tradição da qual todos nós tínhamos orgulho: de que essa era uma empresa modelo. Lamentavelmente, a forma petista de governar acabou trazendo essa situação”, ressaltou o parlamentar.
Com a desculpa de evitar um “apagão postal”, a nova direção decidiu contratar, por R$ 4 bilhões e sem licitação, novas agências em substituição à rede de quase 1.500 postos de atendimento franqueados. O pacote destina R$ 550 milhões da estatal para o aluguel de 1 mil imóveis, contratação de 7 mil pessoas, compra de carros, computadores e mobília. Na avaliação de Pannunzio, tomar essas providências de forma emergencial não é a melhor solução.
Segundo a própria assessoria dos Correios, uma das novas prioridades do presidente da ECT é fazer um concurso público nacional para preencher 6,5 mil vagas. No entanto, já na primeira entrevista coletiva concedida depois de tomar posse, o novo presidente anunciou o adiamento das provas de setembro para novembro.
Para o tucano, isso mostra que o gestor mudou, mas os problemas podem continuar. “O loteamento dos cargos nos Correios é feito exclusivamente por critérios político-partidários. Muitos dos indicados não têm preparo algum. O concurso não contemplará os apetites partidários da base de apoio do governo Lula. Consequentemente, o povo brasileiro vai mais uma vez pagar a conta", alertou o tucano, para quem o país corre sérios riscos de amargar um "apagão postal".
16%
dos investimentos previstos no Orçamento de 2010 para a estatal saíram do papel. Dos R$ 640 milhões previstos para execução de obras e compra de equipamentos, apenas R$ 99,5 milhões foram aplicados no primeiro semestre, segundo a ONG Contas Abertas. Entre janeiro e junho de 2009, o percentual de execução, em valores atualizados, foi ainda pior: somente 12%.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)
Ouça aqui o boletim de rádio
O deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou nesta terça-feira (10) que o baixo investimento da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é resultado da péssima gestão da estatal nos últimos anos. Segundo a ONG “Contas Abertas”, a ECT aplicou, até junho, apenas 16% dos recursos autorizados no Orçamento de 2010. Dos R$ 640 milhões previstos, apenas R$ 99,5 milhões foram executados no primeiro semestre.
Para o tucano, os problemas de gerenciamento são causados principalmente pelo loteamento partidário, ou seja, a ocupação de postos estratégicos na empresa por indicações feitas por aliados ao governo Lula. Segundo a revista "Época", desde 2005 a companhia virou um "feudo" do PMDB, que ocupa a maior parte dos cargos de direção.
A crise é tamanha que a estatal teve sua diretoria reformulada na última semana. Atrasos na entrega das correspondências e vagas abertas por programa de demissões voluntárias, que continuam sem preenchimento, são apenas alguns dos problemas da ECT a serem enfrentados pelos novos chefes.
“Embora houvesse previsão orçamentária, não foi providenciada a liberação dos recursos para que os Correios continuassem em desenvolvimento de acordo com o aumento de demanda. A péssima gestão quebrou uma tradição da qual todos nós tínhamos orgulho: de que essa era uma empresa modelo. Lamentavelmente, a forma petista de governar acabou trazendo essa situação”, ressaltou o parlamentar.
Com a desculpa de evitar um “apagão postal”, a nova direção decidiu contratar, por R$ 4 bilhões e sem licitação, novas agências em substituição à rede de quase 1.500 postos de atendimento franqueados. O pacote destina R$ 550 milhões da estatal para o aluguel de 1 mil imóveis, contratação de 7 mil pessoas, compra de carros, computadores e mobília. Na avaliação de Pannunzio, tomar essas providências de forma emergencial não é a melhor solução.
Segundo a própria assessoria dos Correios, uma das novas prioridades do presidente da ECT é fazer um concurso público nacional para preencher 6,5 mil vagas. No entanto, já na primeira entrevista coletiva concedida depois de tomar posse, o novo presidente anunciou o adiamento das provas de setembro para novembro.
Para o tucano, isso mostra que o gestor mudou, mas os problemas podem continuar. “O loteamento dos cargos nos Correios é feito exclusivamente por critérios político-partidários. Muitos dos indicados não têm preparo algum. O concurso não contemplará os apetites partidários da base de apoio do governo Lula. Consequentemente, o povo brasileiro vai mais uma vez pagar a conta", alertou o tucano, para quem o país corre sérios riscos de amargar um "apagão postal".
16%
dos investimentos previstos no Orçamento de 2010 para a estatal saíram do papel. Dos R$ 640 milhões previstos para execução de obras e compra de equipamentos, apenas R$ 99,5 milhões foram aplicados no primeiro semestre, segundo a ONG Contas Abertas. Entre janeiro e junho de 2009, o percentual de execução, em valores atualizados, foi ainda pior: somente 12%.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)
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