6 de ago. de 2009

Estudo

ITV revela alto crescimento nos gastos do governo com pessoal

Estudo divulgado nesta quinta-feira (6) pela Assessoria Econômica do Instituto Teotônio Vilela (ITV) mostra que os gastos do Governo Federal com pessoal cresceram R$ 26,2 bilhões entre o primeiro semestre de 2002 (último ano do governo Fernando Henrique) e o primeiro semestre de 2009, penúltimo ano de mandato do governo Lula. Segundo o instituto de pesquisa do PSDB, a cada primeiro semestre de todos os seus anos de mandato o governo petista aumentou os gastos em 5,9%, em termos reais.

Cargos comissionados - “A trajetória da atual gestão, na sua política de gastos com pessoal, é bastante preocupante. Apesar do governo afirmar que é necessário aumentar o volume de despesas como forma de combater a crise econômica, seus esforços para fazer crescer as despesas que realmente são anti-cíclicas, como os investimentos, têm sido pífios”, destaca um trecho do documento, que tem como base dados da execução orçamentária da Secretaria do Tesouro Nacional.

O estudo afirma que pouco mais de 2/3 do aumento do total da despesa com pessoal é explicado pelos ativos – trabalhadores que estão empregados . Os inativos, ou aposentados, mesmo apresentando baixas taxas de crescimento, aparecem como a segunda explicação: aproximadamente 31%. E, por fim, as contribuições patronais responderam por quase 15% do crescimento dos gastos governistas.

Outra constatação do ITV já vem sendo alvo de críticas da oposição no Congresso: o crescente número de cargos comissionados criado pela gestão Lula. Pouco mais de 27% do total gasto com pessoal civil, que não inclui os militares, é referente aos cargos comissionados, revela o estudo.

Os gastos com esses servidores que não passam por concurso público se intensificou do primeiro semestre de 2008 para cá, e eles estão em sua grande maioria na administração pública direta. O ITV destaca que os cargos em comissão têm um grande peso nesse aumento de despesas e que a pressão sobre o Executivo só não é maior porque as despesas com militares ativos e inativos ainda são baixas. (Rafael Secunho)

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