3 de ago. de 2009

Gestões diferenciadas

Deputados destacam expansão dos investimentos em SP e MG

Governados respectivamente pelo tucanos José Serra e Aécio Neves, os estados de São Paulo e Minas Gerais estão entre os que tiveram maior avanço nos investimentos entre 2003 e 2008, segundo levantamento do economista Raul Velloso. Em SP, o aumento real foi de 214,4%, saltando de R$ 19,3 bilhões para R$ 38,1 bilhões. Em MG, o incremento chegou a 284,4%, saindo de R$ 3,8 bilhões para R$ 11,8 bilhões no mesmo período. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional.

Ajuste administrativo - Para o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), os números são resultado de um controle exercido pelas gestões tucanas, que contiveram as despesas correntes e procuraram aumentar suas receitas de forma efetiva. “Historicamente os estados têm feito um esforço fiscal muito maior do que o governo federal. O inédito agora é que esse esforço fiscal ocorre junto com um ajuste administrativo, o que tem trazidos muitos benefícios para estados como Minas”, destacou nesta segunda-feira.

Por outro lado, o tucano lamenta que a "gastança generalizada" impeça o governo Lula de alcançar melhores resultados nessa área. "Já os estados têm conseguido manter um padrão de investimento razoável, que só é possível com o controle das despesas correntes e de pessoal. Ainda assim precisamos rever o pacto federativo, já que a União fica com a maior parte das verbas, deixando estados e municípios em dificuldade”, alertou Castro.

Para o deputado Fernando Chucre (SP), todos os entes de federação deveriam atuar para alcançar resultados positivos como os obtidos por SP e MG. "Enquanto os estados crescem, o governo federal esbarra na falta de investimento em infraestrutura e no crescimento da folha de pessoal. Somente em 2008, foram criados 88 mil cargos comissionados. Isso mostra porque a gestão federal fica pra trás”, avaliou.

Em seu estudo, Raul Velloso frisou que a ampliação de receitas tornou a possível a retomada do endividamento. Em São Paulo, por exemplo, foi fechado em junho último acordo com o Ministério da Fazenda permitindo que o estado contraísse mais R$ 1,39 bilhão em financiamentos nacionais e internacionais a serem aplicados no metrô, em empreendimentos culturais e de lazer e na remodelação de pontes urbanas. (Rafael Secunho/ Fotos: Eduardo Lacerda e Ag. Câmara)

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