24 de ago. de 2009

Impostos demais

Mário Couto avisa a Lula que o Senado não aprovará a CSS

"Não vamos deixar passar esse imposto aqui, é bom que o presidente da República saiba disso". O recado foi dado nesta segunda-feira pelo senador Mário Couto (PA) ao afirmar que mesmo que a Contribuição Social para a Saúde (CSS) seja aprovada na Câmara dos Deputados, será rejeitada no Senado. O tucano lamentou que o governo federal esteja tentando aprovar o novo imposto. Em dezembro de 2007, o Senado impôs uma das maiores derrotas da gestão do PT no Congresso, ao impedir a prorrogação da cobrança da CPMF.

Mão no bolso do contribuinte - O parlamentar ressaltou que quase 37% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é arrecadado pelo governo na forma de tributo. Mesmo com este alto percentual que entra nos cofres públicos, criticou Mário Couto, os contribuintes não dispõem de serviços adequados de saúde, educação e segurança pública e as estradas, portos e aeroportos estão em situação precária.

"Essa tal de CSS é a mesma coisa que a CPMF. Fico constrangido em saber que o governo insiste em tirar dinheiro do bolso de um povo tão sofrido. Está mais do que provado que o brasileiro é massacrado com a cobrança de impostos. Por outro lado, os gastos do governo federal só aumentam. Entre 2007 e 2008, o pulo com o gasto de pessoal foi de R$ 26 bilhões para R$ 49 bilhões", apontou da tribuna do Senado.

O parlamentar também criticou o fato de o Brasil financiar obras em outros países. Ele assinalou que enquanto foram aplicados US$ 25 milhões na Palestina, US$ 52 milhões na Bolívia, US$ 36 milhões no Gabão e US$ 4 milhões no Cabo Verde, brasileiros continuam passando fome, sem atendimento médico e também sem poder matricular seus filhos nas escolas.

Já o senador Papaléo Paes (AP) lamentou que o aumento dos gastos promovido pelo governo não implique na melhoria dos benefícios de aposentados e pensionistas. O tucano disse que admira o ministro da Saúde, Jose Gomes Temporão, no que diz respeito aos programas desenvolvidos pelo ministério, mas reprova seu comportamento político, sobretudo as movimentações que vem fazendo no sentido de convencer parlamentares a apoiarem a aprovação da CSS. (Da redação com Agência Senado/ Foto: Ag. Senado)

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