Azeredo descreve "cenas de horror" vistas em viagem ao Haiti
"Foram cenas de horror. Uma criança de apenas cinco anos explorada como escrava. Biscoitos feitos de barro, gordura e sal. Seres humanos servindo-se de esgoto para mitigar a sede. Ruas cheias de gente sem trabalho". Essas frases integram o relato que o senador Eduardo Azeredo (MG) fez da visita ao Haiti realizada por integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para verificar a atuação das tropas brasileiras naquele país.
Miséria - Apesar de declarar ter ficado estarrecido com o que testemunhou, o senador informou que a delegação brasileira não chegou a visitar as áreas mais perigosas de Cité Soleil ou de Bel Air, bairros mantidos sob controle da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. O tucano garantiu que o grau de miséria que os senadores constataram no Haiti seria capaz de emocionar e sensibilizar a alma mais dura. Por outro lado, ele disse ter encontrado "centelhas de esperança" na atuação do embaixador brasileiro Igor Kipman e de sua esposa, Roseana Kipman. O senador informou que o casal age em obras sociais nas piores áreas de Porto Príncipe.
Outro trabalho social destacado por Azeredo foi o desenvolvido por sua conterrânea, a mineira Eliana Nicolini, por meio de um projeto de coleta e reciclagem de lixo sólido. Além de separar plástico, metal e vidro para atender o mercado externo, fabrica combustível para fogão a lenha usando papelão e serragem. O projeto vende produtos recicláveis para o Brasil e a Ásia e colabora para reverter a devastação das florestas. (Da redação com Ag. Senado/ Foto: Ag. Senado)
20 de ago. de 2009
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Eduardo Azeredo
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