Estatuto do Idoso é pouco respeitado no país, afirma Ruy Pauletti
Um dia após o Estatuto do Idoso completar seis anos de promulgação, o deputado Professor Ruy Pauletti (RS) afirmou que a lei ainda não é devidamente cumprida ou até mesmo divulgada. Na avaliação do parlamentar, esse segmento da população sofre com o descaso e não tem seus direitos garantidos. “Eles tem dificuldade para obter crédito para comprar itens como casa própria e automóvel, sem falar do seguro e dos planos de saúde, que são mais caros. Ser idoso é um castigo no Brasil, ao contrário do ocorrido nos outros países”, lamentou.
Desconhecimento - Na avaliação do vice-líder do PSDB na Câmara, o Estatuto proporcionou avanços em pontos como gratuidade no transporte público. "Mas se o aposentado tivesse um salário justo, essa esmola seria desnecessária", apontou. Apesar desses seis anos em vigor, Pauletti acredita que boa parte da população desconhece todos os direitos garantidos no documento, elaborado com o objetivo de assegurar saúde, lazer e bem-estar aos cidadãos com mais de 60 anos.
“É preciso que o cidadão tenha direitos preservados e mais dignidade. Também é necessário divulgar o Estatuto, além de os governos observarem os benefícios garantidos por lei”, apontou. Para Ruy Pauletti, o idoso não quer esmola, mas apenas aquilo que é de seu direito.
O tucano cobrou ainda a aprovação de projeto de sua autoria que estabelece a criação dos chamados “Centro Dia para Idosos”. As pessoas poderiam passar o dia nesses locais, que teriam toda uma infraestrutura preparada para o atendimento aos idosos, inclusive assistência psicológica. Apresentada em 2007, a proposta está parada na Comissão de Seguridade Social. O parlamentar pondera que isso é bem diferente de colocar um idoso no asilo. “Isso é prejudicial, pois ficando longe dos familiares eles podem até morrer mais cedo”, completou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Ag. Câmara)
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