1 de out. de 2009

Identificar prioridades

Anuário ajudará CPI a sugerir políticas de Segurança Pública

A CPI da Violência Urbana promoveu nesta quinta-feira audiência pública para discutir o anuário nacional de segurança, que reúne informações sobre a redução e evolução da violência em cada estado e sobre os investimentos no setor. O deputado João Campos (GO), 2º vice-presidente da comissão de inquérito, afirmou que os dados ajudarão a comissão a elaborar um relatório mais conciso com propostas de melhoria para o setor, contemplando as reais necessidades da área.

Planejamento - Segundo o parlamentar, o conhecimento dos dados referentes à segurança pública não produz sozinho os resultados necessários para combater a violência e a criminalidade, em especial nos grandes centros. O tucano afirmou que ao tomar conhecimento das informações, a principal atitude a ser tomada é realizar um planejamento e elaborar políticas com qualidade para combater esses problemas. “É preciso saber usar esses dados, entender no que se precisa investir e quais áreas precisam ser priorizadas”, afirmou.

O anuário traz um comparativo entre os anos de 2007 e 2008, levando-se em consideração a quantidade de crimes cometidos, notadamente os crimes dolosos contra a vida. Em São Paulo, por exemplo houve um decréscimo de 7,8% no número de homicídios dolosos em 2008, enquanto na Bahia ocorreu um aumento de 15,1%, um dos piores índices do Brasil. Apesar de não significar diretamente que mais investimentos implicam em redução dos índices de criminalidade, esses dois estados demonstram que isso também pode acontecer, já que SP investiu 57,18% a mais que no ano anterior, ao mesmo tempo que na Bahia foi detectado um decréscimo de 48,1% nos gastos com policiamento.

“A demonstração desses dados certamente vai enriquecer o debate da CPI naquilo que nos propusemos a fazer: ao final, apresentar um conjunto de sugestões que colaborem para a política de segurança pública no Brasil a fim de que, no país, o cidadão tenha melhor qualidade de vida do ponto de vista da liberdade, tranquilidade e do direito de ir e vir”, concluiu Campos. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Ag. Câmara)

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