20 de nov. de 2009

Debate na ONU

João Tenório alerta para consequências negativas do protecionismo

O senador João Tenório (AL) está em Nova York, onde participa de audiência parlamentar nas Nações Unidas para fazer um diagnóstico do cenário mundial pouco mais de um ano após o estouro da maior crise financeira das últimas décadas. Em nome da delegação brasileira, o tucano chamou a atenção para o risco da adoção de políticas protecionistas, que podem acabar agravando a crise financeira a médio e longo prazos.

Mais controle do sistema internacional - “Na tentativa de salvar a própria pele muitos países apelam para o protecionismo, que tem como consequências o desequilíbrio do comércio internacional, a redução da produção e, com isso, mais desemprego e recessão”, alertou no debate que reúne representantes de mais de 150 países ontem e hoje.

Ainda segundo o parlamentar, o protecionismo vai na contramão do discurso consensual de que, para atenuar os efeitos da crise, as nações precisam trabalhar em harmonia, estabelecendo uma política comum visando superar o atual quadro de recessão econômica.


Outro tema importante na reunião parlamentar da ONU foi a necessidade de adoção de mecanismos que garantam maior transparência e controle do sistema financeiro internacional. “Essa é uma medida urgente. É imprescindível que o sistema financeiro internacional se submeta a regras mais rigorosas. A única forma de que isso aconteça é garantindo a sua transparência”, alertou.

O senador destacou que o mundo está superando a crise de “maneira meio artificial”, jogando uma enorme quantidade de dinheiro no mercado. “Essa é uma solução emergencial, e não estrutural. Um controle mais rigoroso do sistema financeiro é fundamental para evitar novas crises”, ponderou.

Tenório também participou dos debates sobre os problemas sociais causados pela recessão econômica e sobre a sustentabilidade da economia, com destaque para o impulso da bioenergia e outras fontes de energia renovável.


Para o senador, audiências parlamentares internacionais como a de Nova York são fundamentais para que os Legislativos de todo o mundo possam ter mais clareza na hora de debater e votar matérias de importância fundamental para o desenvolvimento econômico e social de seus países. “Não adianta apenas promover reuniões de cúpula entre os chefes dos poderes executivos mundiais. As medidas discutidas nesses encontros terão que ser discutidas e votadas, depois, pelos Legislativos de cada país”, sugeriu. (Da redação com assessoria do deputado/Foto: Ag. Senado)

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