Integrante titular na CPI da Dívida Pública da Câmara, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou nesta sexta-feira (20) que o descontrole do governo com suas contas impede a redução da dívida pública. Ainda segundo o tucano, o incremento das despesas de custeio e a manutenção da elevada carga tributária estão gerando uma verdadeira herança maldita para a economia brasileira e o próximo governo.
Incompetência - “Apesar da dívida pública ser muito muito alta no Brasil, é possível administrá-la. O problema é que o governo não tem competência para isso, pois não se programa e investe pouco. Ao mesmo tempo, desperdiça dinheiro com gastos públicos cada vez maiores”, reprovou o parlamentar, que é economista. De janeiro a setembro deste ano, as despesas governamentais tiveram alta de 16% em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de R$ 306 bilhões para R$ 356 bilhões.
De acordo com Hauly, a má administração da dívida pública implica em investimentos cada vez menores em setores fundamentais para o país, como educação e saúde. Para essas áreas, foram destinados no último ano apenas 2,57% e 4,81% dos gastos públicos, respectivamente. Esses números foram divulgados pelo vice-presidente do Conselho Regional de Economia do RJ, Paulo Sérgio Couto, durante audiência pública da CPI na última quarta-feira (18).
“O governo não consegue direcionar recursos para investimentos, mas gasta com o que não devia. Tudo isso fará com que a nossa economia seja fortemente abalada no futuro. Isso já deve acontecer no próximo governo, para quem o PT está gerando uma verdadeira herança maldita”, reprovou. Do orçamento do PAC para este ano, por exemplo, o governo executou somente 17% do total.
“O governo não consegue direcionar recursos para investimentos, mas gasta com o que não devia. Tudo isso fará com que a nossa economia seja fortemente abalada no futuro. Isso já deve acontecer no próximo governo, para quem o PT está gerando uma verdadeira herança maldita”, reprovou. Do orçamento do PAC para este ano, por exemplo, o governo executou somente 17% do total.
Durante a audiência, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga também apontou a redução dos gastos públicos e da carga tributária como solução para dívida pública e, consequentemente, para que sobre mais dinheiro para investimentos. De acordo com Fraga, a dívida bruta do governo federal supera R$ 1,8 trilhão - o equivalente a 67% do Produto Interno Bruto. Segundo ele, essa dívida acarreta despesa anual com juros de 5,6% do PIB, o equivalente a cerca de R$ 165 bilhões.
Instalada em agosto, a CPI da dívida pública tem como objetivo investigar as dívidas interna e externa do país, o pagamento de juros e amortizações, os beneficiários desses pagamentos, além do impacto dessas dívidas nas políticas sociais e no desenvolvimento sustentável do país. A próxima reunião da comissão está prevista para quarta-feira, dia 25, às 14h30. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Du Lacerda)
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