24 de fev. de 2010

Bom exemplo

Tucanos elogiam ações de combate a desaparecimentos no RS

Integrantes da CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes elogiaram a estrutura montada no Rio Grande do Sul para combater os sumiços no estado. Na última terça-feira (23), a comissão promoveu audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, para discutir as ações nessa área. Vice-presidente do colegiado, o deputado Vanderlei Macris (SP) considerou a discussão bastante produtiva e disse que as autoridades locais têm procurado atuar na solução dos casos de desaparecimentos.

Aprendizagem - A relatora da CPI, deputada Andreia Zito (RJ), também elogiou o trabalho feito no RS, governado pela tucana Yeda Crusius. “Esta reunião serviu mais para aprendermos. Retiramos importantes experiências no estado, onde os dados estatísticos apresentam índices bem menores do que no restante do país”, ressaltou. Segundo Macris, há uma delegacia especializada, estrutura na polícia para investigar os casos e organizações não governamentais muito atentas, facilitando a localização dos desaparecidos.

Segundo a Delegacia Estadual da Criança e do Adolescente do RS, em 2008 foram registrados 4.458 casos de desaparecimento de crianças e adolescentes no estado, sendo que 3.177 acabaram localizados. Além dos deputados, participaram da audiência representantes de entidades da sociedade civil e autoridades. “A discussão foi muito aprofundada. As pessoas presentes deram uma contribuição importante para a elaboração do relatório no final da CPI", ressaltou Macris.

Para o tucano, o Rio Grande do Sul tem hoje uma estrutura muito melhor do que os demais estados brasileiros no que diz respeito ao combate aos desaparecimentos. Segundo informou, a legislação estadual obriga que a polícia investigue imediatamente casos de desaparecidos no estado, diferentemente do que ocorre em outras unidades da federação, onde a polícia pede 24 ou 48 horas de espera para poder tomar providências.

A exemplo disso, o deputado citou o caso de Luziânia (GO), onde houve uma demora de 15 dias para começar o primeiro movimento da polícia nas investigações. Desde dezembro, nove jovens sumiram no município goiano desde o primeiro caso, que ocorreu em dezembro do ano passado. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Assembleia Legislativa do RS)

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