“Dilma Rousseff não é uma líder. Ela não se manifesta como tal, mas sim como projeção do presidente Lula”. A avaliação foi feita nesta terça-feira (9) pelo líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), ao ser questionado por jornalistas sobre declarações de Fernando Henrique Cardoso a respeito do desempenho da ministra da Casa Civil. O ex-presidente da República afirmou ontem que a pré-candidata do PT à Presidência da República não inspira confiança e não passa de “um reflexo de líder”.
“Concordo plenamente. Além de não demonstrar possuir potencial para liderar, ela se projeta apenas devido a imagem de Lula. E isso nem ele esconde, já que teve que iniciar a campanha eleitoral há mais de um ano só para fazê-la conhecida da população, que não conhece nenhum grande feito dela”, condenou Almeida.
O deputado acredita que a forma como os maiores programas do governo são administrados pela ministra mostram claramente que falta a ela esse perfil de comando. “As realizações dela até aqui, especialmente na condução e execução de programas como o PAC, não demonstram capacidade de liderança que a credencie para receber o título de grande líder como o PT e o presidente querem fazer”, criticou.
Comissões na Câmara - A avaliação de João Almeida foi feita logo após reunião de líderes na Câmara convocada para decidir a distribuição das presidências das 20 comissões permanentes da Casa para 2010. No entanto, a falta de consenso dentro de alguns partidos levou ao adiamento da definição para o próximo dia 23. No ano passado o PSDB comandou três desses colegiados.
Na reunião, os líderes também avaliaram a pauta do plenário. A de hoje tem duas proposições que tramitam em regime de prioridade. A primeira é o Projeto de Lei 5186/05, do Executivo, que modifica a Lei Pelé (9.615/98) e garante recursos para os clubes formadores de atletas. O segundo item da pauta é a Proposta de Emenda à Constituição do Senado que acaba com o nepotismo na Justiça.
Além disso, os vetos do presidente Lula à lei orçamentária serão apreciados hoje em sessão conjunta do Congresso às 19h. Os vetos retiraram quatro empreendimentos da Petrobras da lista de obras com indícios de irregularidades graves encontrados em auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU).(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
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