22 de fev. de 2010

Heroísmo

Senado homenageia brasileiros mortos no Haiti

Os senadores vão reverenciar a memória dos 18 militares brasileiros que morreram no terremoto ocorrido no Haiti em 12 de janeiro deste ano. Na ocasião, também serão homenageados Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral Nacional da Criança, e Luiz Carlos Costa, representante da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, também vítimas da tragédia. A cerimônia ocorrerá nesta terça-feira (23), em plenário, a partir das 14h.

Memória - O requerimento pedindo a realização do evento foi apresentado pelo senador Flávio Arns (PR), sobrinho de Zilda Arns, e endossado por outros parlamentares. "A tragédia do terremoto de Porto Príncipe, que castigou violentamente uma população já muito sofrida, levou também a vida de brasileiros que abnegadamente participavam de uma missão destinada a salvar vidas. Esses heróis lutavam em um país pobre que tentava se libertar das amarras da miséria e da injustiça social, que atinge mais de 80% da população", disse Arns.

No requerimento, o senador destaca os principais feitos dos brasileiros mortos no Haiti. A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns foi, segundo o parlamentar, "uma incondicional defensora dos direitos humanos", tendo desenvolvido intenso trabalho social que mobilizou centenas de milhares de voluntários. Esse trabalho, observou, ajudou milhões de crianças brasileiras e estrangeiras que viviam em condições subumanas.

Zilda Arns estava no Haiti justamente para levar a exitosa experiência da Pastoral da Criança às famílias daquele país, conforme o senador. A médica foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz de 2001, e recebeu, em vida, homenagens e honrarias no Brasil e em outros países.

Já Luiz Carlos da Costa ocupava, desde novembro de 2005, o cargo de vice-representante do secretário-geral da ONU no Haiti, após ser indicado pelo então secretário-geral da instituição, Kofi Annan. Era o segundo na ordem hierárquica da ONU no Haiti "e um dos mais competentes e experientes brasileiros em questões humanitárias no mundo", segundo Arns. Costa trabalhou nas Nações Unidas desde 1969, servindo em missões na Libéria, e "deixou um legado de dignidade como exemplo para todos os brasileiros", destacou o senador. (Da redação com Ag. Senado/ Foto: Ag. Senado)

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