Deputados do PSDB comemoraram nesta segunda-feira (22) o êxito da Política de Medicamentos Genéricos no Brasil, que completa 11 anos em 2010. A introdução dessa categoria de remédios no mercado tem a marca do partido e representa um dos principais legados do governo Fernando Henrique Cardoso para a saúde da população. Além de ampliarem o acesso aos medicamentos, os genéricos proporcionaram nesse período uma economia de R$ 13,7 bilhões aos brasileiros, já que custam, em média, a metade do preço do remédio de marca.
Coragem de José Serra - Da tribuna, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) destacou a coragem do governo tucano e do então ministro da Saúde, José Serra, para abrir esse novo mercado na indústria farmacêutica. “Foi a ousadia de fazer o enfrentamento com os laboratórios que resultou na adoção da política de genéricos no Brasil. Essa coragem de dar um passo à frente permitiu que o brasileiro economizasse. Há muito o que celebrar, e isso é fruto da gestão corajosa e ousada do então ministro José Serra”, afirmou.
Médicos, os tucanos Leonardo Vilela (GO) e Raimundo Gomes de Matos (CE) também ressaltaram a importância da criação dos genéricos, que têm a mesma garantia quanto aos efeitos terapêuticos dos remédios de marca. “A legislação foi revolucionária e representou o esforço e grande mérito de José Serra, que teve vontade e capacidade de colocar em prática essa política. Ela beneficiou toda a sociedade, tornando os medicamentos mais acessíveis”, declarou Vilela. Para o tucano por Goiás, ao longo de seus quase oito governo Lula não apresentou nenhuma política estratégica e de longo prazo com essa envergadura no setor.
De acordo com Gomes de Matos, o governo tucano conseguiu dar enorme credibilidade aos genéricos, que conquistaram a confiança da população de todas as classes sociais. Antes mesmo do fim da gestão FHC, 95% da população já conheciam esse tipo de remédio, que ainda dava os primeiros passos no mercado.
Em 2000, foram registrados os primeiros produtos genéricos no país. Ao longo dos anos, o mercado e a produção foram se expandindo. Com o crescimento 2,3 vezes acima da média do mercado farmacêutico total em 2009, a indústria do setor espera resultado ainda melhor este ano, com a previsão da perda de patente de pelo menos 25 remédios, entre eles o Diovan (controle de hipertensão) e o Viagra (disfunção erétil). Em 2010, a participação no mercado deve passar de 19,4% - em unidades - para 22%, de acordo com Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Câmara)
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