22 de fev. de 2010

Resultados pífios

Compromisso de Dilma com juventude é mera estratégia eleitoral

Diante do fracasso e da lentidão dos programas do governo Lula voltados para a juventude, o deputado Lobbe Neto (SP) classificou nesta segunda-feira (22) de mera estratégia eleitoral o compromisso da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de priorizar a adoção de políticas para esse segmento em seu programa eleitoral. Para o tucano, a promessa é uma tentativa de angariar apoio dos jovens brasileiros, que representam cerca de 50,2 milhões de pessoas.

Incompetência - Segundo reportagem da "Folha de S. Paulo", após o fracasso do programa "Primeiro Emprego", Lula caminha para fechar o segundo mandato com resultados abaixo das metas estabelecidas para os principais programas federais voltados para a juventude. O "Jovem Aprendiz", por exemplo, deverá chegar ao final do ano com menos de 25% do número prometido de novos empregos para estudantes.

Para o tucano, o governo do PT tem muito discurso e pouca ação. “Eles afirmam que existe política para os jovens, mas falta gestão. Os programas para juventude são um fiasco, a começar pelo Primeiro Emprego. Isso se repete nos demais programas”, criticou. De acordo Lobbe, a própria Secretaria Nacional de Juventude não tem liberdade para aplicar políticas e incentivar programas para os jovens.

Ainda segundo a Folha, no começo de 2008 o Planalto firmou como meta empregar 800 mil pessoas por meio do "Jovem Aprendiz". No entanto, no final de 2009 esse total de contratados era de apenas 155 mil. Ou seja, se mantida a média dos últimos dois anos, o número de beneficiados chegará em 2010 a casa de 190 mil vagas. No ano passado, o programa desacelerou, ao criar somente 21 mil vagas, quase a metade de 2008. Persistindo o ritmo de contratações em 2009, a meta de 800 mil atendidos só será alcançada daqui a 30 anos.

Para o deputado Rogério Marinho (RN), o governo petista não conseguiu até hoje superar um dos grandes desafios do Brasil: o de melhorar a qualidade da educação. “Não podemos ser um país desenvolvido e termos um crescimento econômico sustentável se não melhorarmos a qualidade de educação. E mais: o governo tem se equivocado nas políticas públicas voltadas para os jovens e não vai ser diferente agora no seu último ano”, alertou.

Na avaliação do parlamentar, falta uma política consistente para a juventude. “Não acredito em uma política pública que, ao invés de se preocupar com o fortalecimento de educação da população, se volta para programas com pouca eficácia e sem compromisso com o futuro do país”, ressaltou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)

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