10 de mar. de 2010

Escândalo milionário

Tucanos destacam instalação de CPI para investigar Bancoop

Os deputados Lobbe Neto (SP) e Antonio Carlos Mendes Thame (SP) destacaram nesta quarta-feira (10) a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo para investigar o desvio milionário de verbas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). O presidente da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), assinou ontem um documento para a instalação da comissão de inquérito. A comissão foi pedida em outubro de 2008 pelo deputado Samuel Moreira (PSDB).

Suspeitas de desvio de R$ 100 milhões - Segundo a reportagem de capa da “Veja” desta semana, um dos pivôs do escândalo é João Vaccari Neto, recém-escolhido tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. O Ministério Público de SP estima que cerca de 3 mil famílias foram prejudicadas.

Segundo o MP, o desvio foi de R$ 100 milhões, sendo que parte dos recursos teria financiado campanhas do PT. “São 3 mil pessoas que confiaram nessa cooperativa e foram lesadas”, lamentou Thame.
O tucano destaca que, segundo o promotor José Carlos Blat, cerca de R$ 31 milhões em cheques da cooperativa assinados por Vaccari e por outros diretores foram sacados em dinheiro em nome da Bancoop.

Ainda de acordo com Thame, o escândalo deve motivar uma reflexão. “Não há uma legislação que controle esse caso? Essas cooperativas estão livres da fiscalização de um empresa construtora convencional?”, questionou da tribuna. Ele ressalta que se uma empresa construtora der um golpe dessa natureza, seus diretores irão para a cadeia. “Mas no caso de uma cooperativa, a legislação é mais leniente”, comparou
.

Segundo o deputado, ainda foi descoberto que R$ 1,5 milhão dessa cooperativa acabaram na conta de uma empresa chamada Caso Segurança, de propriedade de Freud Godoy, um dos envolvidos no escândalo do aloprados. Nas eleições de 2006, petistas foram pegos tentando comprar um dossiê para prejudicar o PSDB. “Ao que tudo indica, finalmente se descobriu, quase 4 anos depois, a origem do dinheiro para pagar esse dossiê", disse Thame.

Da tribuna, Lobbe Neto lembrou a instalação da CPI para "verificar a Bancoop e os desvios que ocorreram lá, com o tesoureiro do PT". "É muito importante que isso ocorra de forma transparente, mostrando à população o ocorrido na cooperativa. Parabenizo a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo por exercer o seu papel fiscalizador", destacou.

Entenda o caso - Bancoop está sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo por apropriação indébita, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As supostas fraudes chegariam a R$ 100 milhões, e teriam servido para alimentar campanhas político-partidárias. Fundada em 1996, a cooperativa facilitaria o acesso inicialmente apenas à categoria dos bancários, a imóveis a preço de custo, por meio de autofinanciamento.

Sem que tenham recebido as chaves das unidades adquiridas, os cooperados reclamam do pagamento já efetuado e denunciam ser vítimas de pressão para a quitação das dívidas, sob ameaça de terem o nome sujo na praça, o que poria em risco seus empregos.

Em 2004, a cooperativa, já com graves problemas financeiros, lançou o Fundo de Direitos Creditórios (FIDC). No fundo, os investidores recebiam como garantia as dívidas dos mutuários, além da remuneração de 12,5% ao ano. Com isso, a Bancoop arrecadou R$ 43 milhões. Outro problema seria a origem de parte desse dinheiro. Fundos de Pensão da Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil e outros quatro fundos de estatais teriam sido os principais investidores.(Reportagem: Letícia Bogéa com informações da Alesp/ Fotos: Eduardo Lacerda)

Um comentário:

ACARAUJO disse...

Prezados Políticos e Líderes do PSDB,
Está passando da hora dos funcionários das estatais que suportam este fundos de pensão (Petrus, Previ, Funcef e os outros que eu suponho ser de empresas da Eletrobras - Furnas, Chesf, Itaipu , Eletronuclear...) saberem desta comercialização - Trambicagem - dos PTralhas e Cia. envolvendo as suas pesadas contribuições, que mensalmente pagam para suas complementações salariais no futuro quando aposentarem. Mal informnados devem estar, pois os PTralhas mandachuvas destas estatais não vão falar com eles que estão fazendo uma operação ilegal e ainda por cima de tudo comprando uma "MOEDA" mais podre do que nunca, pois segundo consta esta Bancoop é uma massa falida e deve valer somente R$ 1,00 tal e qual a massa falida denominada ELETRONET comprada pelo amiguinho do Zé Dirceu e da D. Dilma.

Grande abraço.

Antonio Carlos