Um homem com uma vida pública notável, dotado de perfil conciliador e defensor irrestrito da democracia. Essas foram algumas das características destacadas por senadores do PSDB ao se referirem a Tancredo Neves na sessão solene que homenageou o centenário de nascimento do político mineiro.
Governo ignora homenagem - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ressaltou a amplitude do legado de Tancredo e o amplo apoio que ele obteve na campanha pelas "Diretas Já" e na eleição indireta no colégio eleitoral. O senador classificou como "execração discursiva" o que fez o PT naquele pleito indireto. Ele recordou que, da bancada de oito deputados petistas, três votaram em Tancredo e foram expulsos do partido. O tucano também reprovou a postura do governo de não enviar representante para a sessão solene, o que ele classificou de indelicadeza.
O líder do PSDB disse ainda que, apesar da diferença de idade, pôde privar da amizade do ex-presidente Tancredo Neves, que era muito amigo do seu pai, o senador Arthur Virgílio Filho. Ele confidenciou que leva para todos os locais onde trabalhe um retrato de Tancredo como uma espécie de amuleto.
Para Alvaro Dias (PR), Tancredo "dignificou a atividade política" e "sua vocação moderada" foi direcionada totalmente à busca da conciliação e da negociação. “Sem prejuízo de suas posições liberais, ele operou no cenário da política brasileira sem abrir mão de suas convicções pessoais, tendo o bem comum como objetivo maior a ser alcançado”, sustentou.
Já a senadora Marisa Serrano (MS) disse que o político mineiro elegeu a democracia como princípio que norteou sua atividade política. “Tancredo nunca emprestou seu apoio a qualquer espécie de regime autoritário. Empregava a liberdade e a democracia em tudo o que fazia”, destacou. A tucana também falou sobre o legado de fé e esperança trazido pelo primeiro presidente eleito democraticamente no país após 21 anos de ditadura militar, e do receio e da tristeza da nação diante de seu súbito falecimento.
O senador Marconi Perillo (GO) declarou que a democracia no Brasil deve-se a homens como Tancredo, a quem definiu como “um democrata autêntico e virtuoso". “Podemos dizer, em memória de nosso homenageado, que o Brasil está ao abrigo da democracia e não mais admite o tacão do autoritarismo, seja ele de que natureza for”, apontou. Perillo disse ainda que, "se estivesse vivo, Tancredo estaria contente em ver realizado seu propósito de garantir um grande acordo nacional para a transformação do Brasil". (Reportagem: Alessandra Galvão com agências/ Foto: Ag. Senado)
Um comentário:
Como disse Arthur Virgílio, Tancredo conseguiu unir o povo brasileiro a favor de mudanças. É momento do Senado "trabalhar" para colocar o "jeito" Tancredo novamente no cenário político nacional. São Paulo precisa dar a vez. É a vez de Minas conduzir a Nação.
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