Em sucessivos discursos no plenário, deputados do PSDB reiteraram o apoio ao Ficha Limpa, defenderam a aprovação urgente da proposta e criticaram o adiamento da votação do projeto, que só não ocorreu hoje em virtude de manobra patrocinada por partidos governistas como PT e PMDB.
A hora é agora - Para Antonio Carlos Pannunzio (SP), esse é o momento para fazer a limpeza da política. “Não contribui em nada inventarmos obstáculos para não votarmos essa matéria defendida pelo povo brasileiro. É fundamental que a Câmara atenda rapidamente essa demanda”, afirmou. Para ele, a sociedade tem o direito de eleger representantes com histórico de vida irrefutável.
Duarte Nogueira (SP) disse ter ficado “estarrecido” ao ver alguns partidos se negarem a assinar o pedido de urgência. “Aquele que se habilita a disputar um cargo eletivo deve ser uma pessoa limpa. Com a aprovação desse projeto, podemos estabelecer um filtro, como quer a sociedade, para a melhoria do comportamento dos seus representantes”, destacou.
Já Vanderlei Macris (SP) afirmou que o "Ficha Limpa" provoca um debate sério que deve ser feito pelo Legislativo. “Esse projeto está aqui desde o ano passado. No entanto, vão enviá-lo para a CCJ e adiá-lo até o final do mês. Isso será empurrado com a barriga e não vão mais votá-lo. Por sinal, alguém teria dito aqui que é mais fácil um elefante voar do que esse projeto ser apreciado neste plenário”, protestou, ao fazer um apelo aos líderes para assinarem a urgência.
“Essa proposta deve ser votada, o mais rápido possível, para moralizarmos o país. O projeto é constitucional e necessário. Não podemos ter candidatos com ficha suja. A política tem que ser moralizada e cabe a nós deixar esse legado para os nossos filhos e netos”, ressaltou Luiz Carlos Hauly (PR), ao defender que as novas regras já passem a valer nas próximas eleições.
Para Ricardo Tripoli (SP), a proposta é uma demonstração de que a população acredita no Parlamento. “Nós que geramos as leis não podemos deixar de cumpri-las. Esse é o grande exemplo que os parlamentares dão à sociedade. A proposta não vai atrapalhar ninguém que tem interesse em uma vida correta, séria, que não diferencia o discurso e a prática”, destacou.
Líder da Minoria na Casa, o deputado Gustavo Fruet (PR) afirmou que é uma ilusão imaginar que a política será um espaço só de pessoas comprometidas com o interesse público. “Nós estamos discutindo um filtro para a representação popular. Não é aceitável que impeçam a votação de um projeto significativo e a favor do país que contou com a mobilização da sociedade e de entidades reconhecidas”, declarou. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Câmara)
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