18 de mai. de 2010

Incentivo à cidadania

Lobbe Neto é a favor de trote solidário nas instituições de ensino superior

Em audiência pública realizada na Comissão de Educação e Cultura nesta terça-feira (18), o deputado Lobbe Neto (SP) defendeu a adoção do trote solidário de forma mais efetiva nas universidades de todo o país. Segundo o tucano, esse tipo de trote é um meio de inibir a prática da brincadeira violenta, que já levou a constrangimentos e também a mortes, como a ocorrida na Universidade de São Paulo (USP), em 1999, envolvendo um jovem estudante de Medicina.

O deputado argumentou que grande parte dos calouros se sentem temorosos em participar da primeira semana de aula, o que tem gerado preocupação e medo aos familiares e alunos. “O trote pode até acontecer, mas não o violento, e sim o solidário, de boas-vindas aos calouros. Nós precisamos transformar esse tipo de brincadeira, para que o ingresso na universidade ocorra sem constrangimentos ao aluno e seus familiares”, enfatizou.
O ingresso dos acadêmicos nas instituições de ensino superior, segundo o tucano, deve acontecer de forma acolhedora e solidária. “É muito importante que o calouro chegue em sua próxima casa, que será a universidade, se sentindo confortável e fazendo grandes amizades para poder passar os próximos quatro ou cinco anos da melhor forma possível”, acrescentou Lobbe.

A reunião teve como objetivo a discussão de medidas contra trotes violentos em instituições de ensino superior e contou com a participação de representantes do Ministério da Educação (MEC), de associações que defendem os direitos das universidades, entre outros.

O trote solidário
Várias instituições de ensino superior vêm adotando a prática do trote solidário. Essa atividade promove a cidadania e pode ser realizada de várias formas, entre elas a arrecadação de alimentos para entidades carentes, visitas aos asilos e creches, doação de sangue ou até mesmo passar semanas prestando trabalhos voluntários em prol de necessitados.

Projeto sobre o assunto no Senado
A Câmara já aprovou projeto sobre o assunto em 2009. O texto definitivo é uma emenda de autoria dos deputados Carlos Sampaio (SP) e Flávio Dino (PCdoB/MA) ao PL 1023/95, e está atualmente no Senado. Ela proíbe a realização de trotes violentos ou vexatórios contra alunos do ensino superior e determina que a faculdade abra processo disciplinar contra os estudantes responsáveis por esses atos.

(Reportagem: Renata Guimarães / Foto: Eduardo Lacerda)

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