7 de jul. de 2010

Meio ambiente

Deputados do PSDB cobram certificação ambiental em obras da Copa de 2014

Parlamentares tucanos e ambientalistas discutiram nesta terça-feira (7), em audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto, as exigências feitas pela Fifa de certificação ambiental para a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014. A presidente da comissão, deputada Professora Raquel Teixeira (GO), cobrou do governo federal a apresentação dos projetos para realizar uma "copa verde".

Segundo a tucana, é necessário priorizar o transporte coletivo, o uso de biocombustíveis, a oferta de produtos orgânicos e a promoção do ecoturismo. Para ela, as obras também devem privilegiar o sistema de aproveitamento de água de chuva e ventilação nos estádios, energia solar e investimentos em alternativas de transporte coletivo como o Veículo Leve sobre Trilhos e uma requalificação do transporte ferroviário.

Raquel Teixeira acredita que o governo federal já está muito atrasado para garantir sustentabilidade ao evento em 2014. "Com projetos desse tipo conciliaríamos logística e meio ambiente em toda questão da mobilidade urbana. Então, há que se casar previamente a questão da mobilidade e a construção dos estádios com aproveitamento de água de chuva e de lâmpadas econômicas, por exemplo", disse.

Já o deputado Rômulo Gouveia (PB) criticou a falta de um cronograma por parte do governo Lula nesta área, já que o anúncio da realização do mundial no Brasil foi feito há dois anos. O parlamentar lembrou que o primeiro passo para a realização de uma Copa do Mundo com sustentabilidade já foi dado pelo governo de São Paulo, que se comprometeu em reduzir o índice de gases poluentes na atmosfera até 2014.

"Demos a demonstração de compromissos naquele estado. O Brasil por meio da iniciativa do PSDB também tem dado uma contribuição muito grande ao meio ambiente", frisou o deputado.

Durante a audiência, representantes da entidades ambientalistas, SOS Mata Atlântica e da Associação Ambiental, sugeriram que seja feito um programa de reutilização dos entulhos que irão surgir com as demolições dos estádios. Para as duas organizações não governamentais, o ferro e a madeira podem ser reaproveitados nas obras e o concreto pode servir para recuperar estradas. (Reportagem:Artur Filho/Fotos: Eduardo Lacerda)

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